Em um vídeo divulgado na noite desta quarta-feira (2), o pecuarista Fernando Zamora levantou polêmica ao criticar duramente a atuação da ministra Marina Silva e o modelo de gestão ambiental implantado no Acre nos últimos anos. Segundo ele, a Reserva Extrativista Chico Mendes não teria sido criada com foco real na preservação ambiental, mas sim com motivações ideológicas que, na prática, não beneficiam quem vive no campo.
Zamora questiona os efeitos concretos das políticas defendidas por Marina, afirmando que “se fosse pelo meio ambiente, o Acre era pra ser referência mundial, mas o que temos é lixo queimando em lixão e esgoto correndo a céu aberto”. Para ele, o discurso ambientalista não se traduz em melhorias visíveis na infraestrutura das cidades ou na vida do produtor. “A criação dessas reservas é ideológica. Nelas, o morador não é dono da terra, não pode vender, nem arrendar. E vive com regras impraticáveis”, disparou.
Ao comentar sobre o modo de vida nas reservas, Zamora foi direto: “Você tem que catar castanha dois meses no ano e o resto do tempo vai viver de quê? De tirar látex? Borracha não sustenta mais ninguém”. Ele defendeu que transformar a vegetação nativa em áreas produtivas para arroz, feijão ou capim é muito mais benéfico para a economia local do que manter restrições que, segundo ele, só aprisionam o homem do campo.
Com tom crítico, Zamora encerrou dizendo que “tudo o que a gente come, bebe e veste vem da natureza, mas precisa ser cultivado”. Para ele, o modelo de preservação adotado até hoje precisa ser revisto para que o produtor rural possa trabalhar com dignidade, liberdade e rentabilidade.