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ESPORTE

O Arquivo do Façanha traz a história do Fogão em solo acreano

Publicado

em

MANOEL FAÇANHA

O glorioso Botafogo de Futebol e Regatas foi o clube escolhido para ser tema neste final de semana do “Arquivo do Façanha”. Tá certo que a agremiação carioca não vive um bom momento. O clube amargou recentemente um novo rebaixamento na elite do futebol brasileiro e, se não bastasse isso, no meio de semana, foi eliminado da Copa do Brasil-2021, após derrota para o ABC-RN por 1 a 0.Neste sábado (17), nova eliminação, mas agora pelo Campeonato Carioca, na derrota para o Fluminense por 1 a 0.

Clube secular, épico e cheio de jogadores lendários como, Manga, Nilton Santos, Sebastião Leônidas, Marinho Chagas, Carlos Alberto Torres, Heleno de Freitas, Garrincha, Zagalo, Didi, Gerson, Jairzinho, PC Caju, Quarentinha, Amarildo e Túlio Maravilha, o Glorioso esteve no Acre em duas oportunidades. Os dois jogos foram diante do Rio Branco FC. O primeiro deles em amistoso realizado em 1987, quando venceu, no Stadium José de Melo, o duelo por 3 a 0. Na segunda oportunidade, pela Copa do Brasil de 2008, o Glorioso voltou a superar o Estrelão, mas agora na Arena da Floresta pelo placar de 3 a 1.

Mais história do Glorioso no Acre

Pois bem, como não tenho imagens no meu arquivo a respeito do primeiro duelo do Glorioso em solo acreano, isso por vários motivos, um deles pelo fato de ainda não militar na crônica esportiva, vou então me dedicar a contar apenas alguns fatos (com imagens) ocorridos antes, durante e depois da partida contra o Fogão, essa disputada em março de 2008, no estádio Arena da Floresta, pela Copa do Brasil. No entanto, digno de registro aos leitores da coluna que o futebol acreano já contou com uma agremiação chamada “Botafogo”, isso no período entre 1952 a 1966, inclusive, com esse mesmo Glorioso disputando algumas competições na elite. No estadual de 1958, por exemplo, o Glorioso acreano foi um verdadeiro saco de pancadas, tomando 50 gols e marcando apenas sete. Os piores resultados foram registrados contra: Vasco da Gama 12 x 0 Botafogo, América 10 x 2 e Independência 20 x 0. O clube, no entanto, chegou a conquistar o título de 1952 do Torneio Início do Campeonato Suburbano de Futebol.

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Retornando ao duelo de 2008, o Rio Branco chegava para a partida diante do alvinegro carioca com uma invencibilidade de 16 jogos sem derrotas – nove delas pela disputa do Campeonato Brasileiro daSérie C-2007, no estádio Arena da Floresta. Ocompromisso diante do Fogão seria 53ª partida de um clube acreano na disputa da Copa do Brasil. Naquele momento, eram 16 vitórias acreanas contra 25 derrotas e 11 empates registrados nestacompetição mais democrática do país, com 46 gols pró e 87 contra. Neste retrospecto dos clubes locais, o Estrelão, antes de encarar o Fogão, já acumulava30 jogos na competição, com 10 vitórias, 13 derrotas e 11 empates, anotado 26 gols e sofrendo 48.

Por outro lado, o Botafogo, dias antes da encarar o Estrelão, pela segunda vez na história do confronto, vivia uma crise que ficou conhecida como “chororô”. Tudo começou após a eliminação na Copa Sul-americana para o Estudiantes – ARG – e a derrota na decisão do primeiro turno do Carioca para o Flamengo por 2 a 1, resultado esse bastante contestado pelo clube alvinegro, que alegava, na época, ter sido prejudicado pela arbitragem – um “pênalti Mandrake” a favor do rubro-negro, causaria a perda do título e ainda traria, à época, instabilidade geral ao clube de General Severiano, tanto que o presidente Bebeto de Freitas, inclusive, ameaçou chutar o balde. E, pra completar a crise, numa coletiva de imprensa, o volante Túlio, o técnico Cuca e o então presidente Bebeto falaram com indignação do lance do polêmico pênalti a favor do gol do Flamengo. Túlio e Bebeto eram os mais emotivos, sendo que o primeiro, chegou a lagrimar, algosuficiente para os adversários criarem o tal do “chororô”. 

Com o clima de “guerra” declarado entre rubro-negros e alvinegros, o Flamengo, dias após a vitória polêmica no clássico carioca da decisão do primeiro turno do estadual, recebeu o Cienciano-PER, pela Libertadores. O atacante Souza, após marcar um dos gols da vitória do Flamengo, fez o gesto de choro provocativo aos alvinegros, algo batizado, logo depois, de chororô.

E com a estrofe que ninguém cala esse chororô”, o Botafogo desembarcou na cidade de Rio Branco-ACdois dias antes do duelo diante do Estrelão, precisamente dia 26 de fevereiro de 2008. Na véspera do confronto contra o então campeão acreano, o time alvinegro fez uma movimentação no estádio Florestão, com duração de uma hora ao comando do técnico Cuca. Um total de quase dois mil torcedores marcou presença no treino, assim era prenuncio de grande público no dia seguinte na Arena da Floresta. Na coletiva de imprensa, o técnico Cuca mostrou respeito ao time do Rio Branco, inclusive, explicando que, no ano anterior, a equipe acreana teria pedindo a chance de brigar peloacesso a uma disputa de Série B contra o tradicionalBahia, isso o ocorrido somente nos critérios técnicosde gols marcados.

Digno de registro naquele jogo seria o reencontro dos volantes Ico e Túlio. Os dois jogadores estiveram em campo quando da classificação do Rio Branco diante do Goiás, em pleno Serra Dourado, pela Copa do Brasil de 1997. O volante Túlio, à véspera da partida contra o Estrelão pela Copa do Brasil de 2008, pediu respeito ao adversário acreano. “O Rio Branco merece o nosso respeito, não teremos jogo fácil e ele já provaram isso”, comentou o volante do Fogão.

Outro a falar do jogo foi o então capitão alvinegro Lúcio Flávio. O meia ao ser questionado que o Acre sempre traz sorte para os campeões da Copa do Brasil (Corinthians, Cruzeiro e Fluminense), ele respondeu; “Espero que os bons ventos do Acre também abençoem o Botafogo”.

Bem simpático com a imprensa acreana, o chefe da delegação do Botafogo, a época, Sr. Djalma, fez inúmeros elogios à receptividade do povo acreano a equipe do Botafogo. “O governo do Estado, a imprensa e o torcedor acreano estão de parabéns pela acolhida ao Botafogo”.

Como foi o jogo

Sem apresentar o mesmo futebol que encantou o torcedor local na última disputa de Série C, o Rio Branco acabou eliminado na noite desta quarta-feira (28) da Copa do Brasil-2008. O dueloocorreu no estádio Arena da Floresta, com vitória do Botafogo por 3 a 1, assim colocando ponto final numa invencibilidade de 16 partidas sem derrota do clube acreano no estádio Arena da Floresta.

No primeiro tempo, o Rio Branco, empurrado por sua torcida, ainda conseguiu segurar o Botafogo, num empate de 1 a 1. Wellington Paulista abriu o placar e Marcelo Brás deixou tudo igual. Entretanto, no segundo tempo, a equipe carioca jogou com inteligência e ainda foi beneficiada pela expulsão do volante Ronimar, aos 14 minutos. Porém, os dois gols que eliminaram o time acreano somente ocorreram aos 36 minutos, numa bola parada de Zé Carlos(veja as imagens do lance na lente do fotógrafo Sérgio Vale), e aos 45 minutos, numa testada fulminante de Wellington Paulista.

Ficha técnica

Local: Arena da Floresta

Data: 28/02/2008

Público: 11.477 pagantes

Renda: R$ 317.075,00

Árbitro: Guilherme Cereta de Lima (SP)

Assistentes: Evanildo da Costa e Moacir Osterne (RO)

Cartões amarelos: Diguinho e Jorge Henrique (Botafogo); Testinha, Marquinhos Costa, Gustavo e Ico (Rio Branco).

Rio Branco-AC: Gustavo; Ley, Marquinhos Costa,Ico e Rafinha; Zé Marco, Ronimar, Neném e Testinha (Ricardo Feltri); Marcelo Brás (Sideny) e Doka Madureira (Mário Augusto). Técnico: Pedrinho Rocha.

Botafogo-RJ: Cartillo; Alessandro (Adedi), Renato Silva, Ferrero e Thiaguinho; Túlio, Diguinho, Lúcio Flávio (Fábio); Zé Carlos, Wellington Paulista e Jorge Henrique (Adriano Felício). Técnico: Cuca.

Pós-jogo

Sempre após grandes jogos, não somente o jornalista esportivo, mas os seus seguidores, gostam de ouvi a opinião dos personagens e, na vitória do Botafogo contra o Rio Branco, não foi diferente. Veja o que rolou: 

Autor de dois gols, o atacante Wellington Paulista elogiou à disposição do Rio Branco na derrota para o Botafogo, mesmo com a eliminação do clube acreano da competição: “Agora é descansar, pois o jogo foi difícil. O time deles marcou bem, tocou bem a bola e tem qualidade”.

O capitão Ico, do Rio Branco, foi um guerreiro em campo. Marcou, orientou e correu até onde pôde. Segundo ele, a falta de atenção nos minutos finais foi preponderante para a eliminação da equipe acreana na Copa do Brasil e, assim, a perca de 60% da renda líquida da partida.

O técnico Cuca também falou do jogo. Fez elogios ao Rio Branco e ao trio formado por Testinha, Ley e Doka Madureira. Cuca classificou o Estrelão como time de boa pegada e futebol veloz, principalmente de seus atacantes. O treinador finalizou a entrevista elogiando as dependências do estádio Arena da Floresta: “Não imaginava que o estádio tinha toda essa infraestrutura. O poder público está de parabéns”.

Um dia depois, já no desembarque da equipe alvinegra na cidade do Rio de Janeiro, o técnico Cuca afirmou que o grupo evitará polêmicas com a arbitragem: “Podem marcar dez pênaltis e anular 50 gols nossos, que não vamos mais falar nada. Poderia diz que no gol marcado pelo Rio Branco-AC, o jogador estava impedido. Mas não abriremos mais a boca para reclamar da arbitragem, por isso se volta contra nós”, disse Cuca, referindo-se à vitória alvinegra por 3 a 1 no Acre, pela Copa do Brasil.

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