ARTIGO
O conservadorismo cristão e a visão geopolítica de seus representantes
Paulo Machado
Nós parafraseamos que: ”O cristão que crê; que igreja não deve se envolver em política para garantir a liberdade de pregar o evangelho, corre o risco de perder a liberdade de pregar o evangelho.”
Nosso Ministério tem sido reconhecido no Brasil pela pratica da militância política cristã, mantemos uma ação pedagógica voltada para a defesa de valores sociais e morais, pautados na “ordem e no progresso” segundo a orientação implícita nas Escrituras Sagradas.
Tivemos em momentos recentes a oportunidade de publicar inúmeros artigos em vários sites de notícias sobre o tema “Fé e Política”, com o intuito de auxiliar aqueles que comungam da mesma Fé em Cristo, afim de proporcionar uma melhor compreensão desse complexo universo político que nos cerca, e assim, por meio da exposição dessas ideias, o como está entrelaçado os interesses políticos de administração pública com o projeto de Deus para a humanidade.
LAICIDADE e FÉ
Partindo da premissa que segundo o IBGE (2022), 87% dos brasileiros se identificam como cristãos, é natural que a representação da política de governo na administração pública no Brasil, deva ser gerida com princípios que cooperam para a manutenção dos padrões sociais formatados dentro dos ideais cristãos herdados desde o período colonial de nosso país. O catolicismo Romano era a religião oficial do Brasil, o cristianismo era imposto pelo estado; vivíamos uma monarquia teocratizada. No entanto, com a Proclamação da República (1822), essa imposição começou a ser questionada, culminando com a expedição do decreto nº 119-A – 1890, editada pelo então Presidente da República Marechal Manoel Deodoro da Fonseca, por meio do qual proibia a intervenção da autoridade federal e dos Estados federados em matéria religiosa, consagrava a plena liberdade de cultos, extinguia o padroado, além de ter estabelecido outras providências sobre o tema
Resumindo, decreta-se o “Estado Laico”
Fica claro então, que “Laicidade do Estado” não implica em abstenção do crente nas discussões políticas e que estas não sejam influenciadas pelo pensamento cristão.
O Estado não interfere nas questões de Fé, mas não impede que seus representantes executem sua gestão administrativa sob as orientações consagradas na hermenêutica do “Canon Sagrado”, ou seja; O Estado é Laico, mas os seus representantes não.
Fé e Política
Por essa razão, é que consideramos imprescindível o crivo dos pretendentes à representação pública ao conceito dos padrões morais fundamentados na cultura judaico/cristã e na Constituição Federal de nosso país.
“O preâmbulo da Constituição de 1988 deixa expresso que a sua promulgação foi realizada “sob a proteção de Deus”.
Faço citação da seguinte observação feita por Euclides da Cunha: “Uma Constituição, sendo uma resultante histórica de componentes seculares, acumulados no envolver das ideias e dos costumes, é sempre um passo para o futuro garantido pela energia conservadora do passado.”
É evidente que os constituintes de 88 eram predominantemente cristãos e tementes a Deus, de outro modo “Ele” não seria citado em nossa “Carta Magna” para outorga.
Por isso nossa luta em conscientizar politicamente nosso povo recebe oposição daqueles que são contrários a fé cristã e aos moldes conservadores nela implícita.
O Brasil está atualmente polarizado em duas correntes ideológicas. “Esquerda e Direita”.
Recentemente escrevi um artigo que tem como título “Esquerda e Direita na ótica de Deus”.
Esse artigo causou um grande alvoroço em 2010 na cidade de Rio Branco. Nesse tempo o PT exercia o domínio político no Estado do Acre, pois o tema incomodou vários grupos distintos: comunistas e socialistas unidos de um lado, cooptando um grande numero de pessoas das mais diversas classes sociais, em especial as mais pobres, incluindo líderes religiosos, que ignorando a sutileza da doutrina do Marxismo cultural de Antônio Gramsci, foram seduzidos pelas “ benéficis” oferecidas ,(como pratos de lentilhas) e de outro lado, conservadores mudos, tomados pela angustia de reconhecer que toda uma tradição social baseada na família, em Deus, no amor a Pátria, na meritocracia, nas liberdades, estavam sendo destruídas por conta das investidas diabólicas dessa pseuda revolução cultural promovida por ateus e atoas.
Não somos como “Don Quixote”.
Na visão de Daniel referente a Estátua de Nabucodonozor – Esta era composta de cabeça de ouro, peito de prata, dorso de bronze, pernas de ferro, pés de ferro e barro misturados. Essa era a representação de um governo antiDeus em tempos diversos, assim como muitos governos hoje; ditadores, imperialistas, comunistas, socialistas, etc. que em sua arrogância negam a existência de Deus e corrompem o povo, destruindo suas esperanças de prosperidade e paz.
Uma pequena pedra foi tirada de um monte e se tornou uma grande rocha que esmiuçou os pés da estátua destruindo o seu poder. Essa pedra, tem a representação de Cristo e a igreja nela edificada.
A democracia que tem seu fundamento nos direitos e nas liberdades, encontra-se ameaçada por causa das investidas de políticos inescrupulosos que disfarçam suas reais intenções de dominação.
O Gigante Caiu
Nossa militância conservadora pela prosperidade de nosso rico país não é solitária. Esse exército vem crescendo em número e qualidade. Acreditamos que Deus iniciou um grande despertamento no meio do seu povo. “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos Libertará”
Depois de enfrentarmos os embates contra a ideologia de gênero, aborto, entre outros temas, apresentamos à Câmara Municipal (2018) o polêmico PL “Estatuto da Família”, que buscava organizar em uma hermenêutica simples as transcrições da Constituição Federal em seu artigo 226 “A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado… “
O combate foi ferrenho, a câmara aprovou o projeto, o prefeito a época (Marcos Alexandre- PT) se esquivou de sancionar. Assumindo a gestão a então prefeita Socorro Neri vetou o Projeto Lei, a seguir, a câmara derrubou o veto, e finalmente o Tribunal de Justiça, provocado pela OAB, MP, julgou inconstitucionalidade da forma.
“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” (Rm 8 : 28)
Isso foi a nossa vitória, pois nesse ano (2018) foi a maior “Marcha para Jesus” já realizada em Rio Branco sob o tema “Em Favor da Vida e da Família”. 60 mil pessoas disseram o que queriam.
Esse feito marcou as eleições Gerais, o Governador Gladson (PP) venceu o ex prefeito Marcos Alexandre (PT), e o Presidente Bolsonaro venceu o petista Hadad, levando o Brasil e o Acre a outro patamar de crescimento, o PT perdeu o Senado Federal.
Alguém foi tomar um refrigerante…
Em Seguida, as eleições municipais de 2020 trouxeram um conservador cristão de direita, para conquistar a cidade de Rio Branco e proporcionar um nível de desenvolvimento jamais visto na capital acreana.
”Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação”. (Rm 13.1,2)
“Quando os justos governam, o povo se alegra, mas quando o ímpio domina, o povo geme.” (Pv 29.2)
Visão de Futuro
As mudanças que ocorreram no país são resultado de muito trabalho de conscientização e politização cristã.
Há muito ainda que se fazer. Muitas batalhas a serem travadas e uma grande batalha se avizinha para garantir a permanência do projeto de avançar e prosperar, ou recuar acovardados e retornar aos tempos de penúria e perseguição.
Entendemos que Deus nos deu um Lider nacional diferenciado de direita, “um maestro” que mesmo sem mandato, dá o ton. Congrega multidões por onde vai, que defende a “Deus, Pátria e Família”, e que tem tudo para devolver o Brasil nos caminhos da prosperidade,
Em contraste, o atual governo de esquerda, desafinado, foi tirado do cárcere para voltar a cena do crime, e não dá para “encher uma kombi” por onde vai. “Essa nem Freud explica”.
Entendemos que do mesmo modo, Deus nos deu um Lider municipal cristão, conservador de direita, que defende a “Deus, Pátria e Família”, e que devolveu aos rio-branquenses a confiança e a esperança por dias melhores, e que mostrou ser possível à cidade de Rio Branco, considerada uma das capitais mais pobres do Brasil, de se tornar um Oasis no coração da Amazônia ocidental.
Não podemos voltar a traz. Por isso proponho uma reflexão por meio desse artigo. O futuro está em nossas mãos.
E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda.
(Mt. 25.31-33)
Pr. Paulo Machado
Teólogo – Pedagogo – Profº Teologia – Pós-graduado em Ciências da Religião
