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“O Gladson deu uma demonstração de humildade e resta a Bocalom e Alysson ampliar a aliança”, diz Bittar
O senador Márcio Bittar (UB), um dos principais e insistentes sonhadores dessa aliança celebrada neste sábado entre o governador Gladson Cameli (PP) e o prefeito Tião Bocalom (PL) está em êxtase. Apesar da ausência do Acre, em razão da cirurgia nos calcanhares, Bittar não desgrudou um minuto do telefone entre sexta e sábado. Queria ver seu sonho realizado. No sábado, uma festa apoteótica uniu no mesmo palco Gladson, Bocalom, Alysson e praticamente todas as lideranças de direita. O ato, para celebrar uma aliança cujo objetivo é disputar a prefeitura da capital, fixou perto de repetir o pool de siglas de 2018, quando pela união foi decretada a queda da esquerda no Acre. Animado, ansioso para desembacar no Estado e participar ativamente das primeiras agendas, Bittar falou por telefone com o Acrenews, para quem deu a seguinte entrevista:
Acrenews: Senador, realizado?
Márcio Bittar: Total. Sonho realizado. Eu sempre disse publicamente, nunca foi segredo para ninguém, que eu desejava a união de PL, União Brasil, Republicano, PP e mais aqueles partidos que fazem parte do governo, como Podemos, Solidariedade, PSDB, PDT, enfim, eu sonho com isso.
Acrenews: O que essa união é capaz de fazer tão importante, para o senhor sonhar tanto?
Márcio Bittar: Nós temos um compromisso com o Acre, com a Amazônia, com o Brasil, nós todos sabemos a importância fundamental da eleição nacional, tudo aquilo que nos mantém pobres, com índices de violência estourando no Brasil,
o enfrentamento a isso, a nossa pobreza, a violência, as facções, só se faz com o Governo Federal. E eu sempre disse isso e, portanto, para mim sempre a eleição nacional é muito importante. E no plano nacional há uma convergência dessas forças em torno do Bolsonaro, ou de quem o Bolsonaro indicar, se ele não puder ser candidato.
Esses grandes partidos como União Brasil, o PL e o PP já estão unidos e provavelmente o Republicano também. Então, nada mais natural do que repetir essa aliança no Acre.
Claro que eu ainda quero muito a presença do Alan Rick, do Roberto Duarte, de todos.
Acrenews: Bem, seu sonho está realizado. Agora é só reeleger Bocalom?
Márcio Bittar: Eu acho que agora, mais do que nunca, é uma outra fase onde, mais do que a qualquer outra pessoa, cabe ao Alysson e ao Bocalom fazer o trabalho que tem que ser feito agora, que é visitar os partidos, conversar, pedir apoio. Nós temos uma aliança formada, mas para ela ficar dez…ou cem por cento, estão faltando muitos aliados se sentirem bem. E aí, é no diálogo. É no diálogo, no equilíbrio, mas com muito diálogo, que a gente pode conseguir fazer uma aliança do tamanho que eu sempre imaginei. É isso. Nós temos várias razões para estarmos unidos. Nós temos uma agenda que é diferente da agenda da esquerda. A esquerda estará no palanque do Lula ou de quem o Lula indicar em 2026. E a mesma coisa se aplica a nós. Nós vamos eleger vereadores, prefeitos, prefeitas e nós estaremos no palanque em 2026 do Bolsonaro ou de quem o Bolsonaro indicar.
Acrenews: Qual a marca dessa união em torno do Bocalom?
Márcio Bittar: Eu estou muito satisfeito com a humildade do governador. O governador foi provocado muitas vezes com vários argumentos que seriam um absurdo. O partido do governador não ter um candidato a prefeito.
O governador fez outra demonstração de uma grande humildade e de grandeza ao mesmo tempo, porque mesmo estando no governo, mesmo estando bem avaliado, mesmo tendo nomes importantes,
lideranças importantes dentro do partido dele, ele fez a opção por uma aliança que é um gesto que comove todo mundo, como o que aconteceu ontem.