RAIMUNDO FERREIRA
O homem agride a natureza e está recebendo em troca tragédias ambientais é a essência de artigo do professor Raimundo Ferreira
AGRESSÃO À NATUREZA
Raimundo Ferreira
Conforme descreve a conceituação filosófica, a formação do ser humano não deveria ignorar a relação intrínseca homem/natureza, de forma que o ser humano se constitui um dos principais recursos naturais, ou seja, o homem não é um ser que está fora do contexto do meio ambiente e usufrui dos recursos naturais apenas para satisfazer os seus interesses, mas sim, ele é parte inseparável dos ecossistemas, dessa forma, não devemos defender a ideia de que se faz necessário preservar o meio ambiente como se fosse algo para alguém usufruir, e sim, ter a consciência formada do que é necessário conservar e preservar a nós mesmos. E sobre a formação que citamos acima, esse ensinamento oficial deveria ser concentrado no sentido de que o indivíduo receba uma formação integrada aos valores naturais e não receba apenas informações técnicas para ler e seguir manuais que ensinam a manejar os instrumentos necessários para sobrevivência na vida moderna. Na teoria até que as propostas propõem anunciados interessantes, no entanto, na prática, as orientações geralmente são disvirtuadas, por exemplo, a atual noção de sustentabilidade remete ao conceito de interação entre todos os elementos da natureza, todavia, quando observamos os elementos naturais envolvidos – florestas, solos, animais (incluindo os humanos), água e o ar, não são elementos isolados, pelo contrário, trabalham juntos para garantir a preservação da vida no planeta, no entanto, a orientação tecnicista vigente, separa o elemento humano como não sendo parte do sistema, mas sim, como sendo um ser sábio e iluminado, que sem qualquer dúvida conhece todas as regras e detalhes da natureza. Esquecendo no entanto, que vários exemplos de agressão a natureza, como inundações, desmoronamentos, desertificações de áreas, transformações de mananciais em esgotos a céu aberto, etc., já foram constatados, muitos desses, causando tristes tragédias, mesmo assim, as orientações oficiais insistem em não tratar as causas do problema, não respeitando o ritmo e as forças da natureza, especialmente nas áreas de maior concentração urbana.