RAIMUNDO FERREIRA
“Os governantes já deveriam ter apresentado alternativas para a seca do rio Acre”, escreve professor Raimundo
ESTADO DE EMERGÊNCIA
Estamos observando através do portal G1 e reproduzido por vários outros veículos, que o prefeito de Rio Branco, nesse último dia 27/09/23, decretou estado de emergência, com o enfoque especial para crise no abastecimento de água para a capital, pois, a maioria dos bairros já se encontram em pleno racionamento. Conforme justifica o decreto, as chuvas não têm ocorrido, a umidade relativa do ar está em situação crítica, o calado do rio está em 1,41cm e as previsões para os próximos dois meses é que muito pouco ou quase nada poderá mudar. A verdade é que, o quadro apresentado no momento, ano após ano vem se repetindo por esse período, causando maior ou menor transtorno à população acreana e sobre essa questão imediata e pontual, os governantes já poderiam ter providenciando alguma alternativa preventiva e por essa época apresentar as soluções para que a população não viesse a sofrer maiores transtornos. Sobre o problema histórico, que remonta desde a ocupação dessa região até os nossos dias, além de não ter acontecido providências e ações com vistas na preservação, as remotas atitudes e decisões que foram tomadas visavam sempre beneficiar os interesses de alguém e fora disso, perdurava aquela ideia ignorante de de que os recursos naturais são infinitos. Agora a conta chegou e nós (população e governantes) tendo que passar sufoco, observando que o tempo passou e nada fizemos para conservar nossas fontes naturais de vida. Somente para rememorar um pouco dos nossos erros e descuidos, permitimos o desnudamento de toda orla no maior manancial; permitimos a pesca predatória na foz, liquidando a fauna aquática; encaminhamos os esgotos in natura, as sujeiras sintéticas e também os objetos sólidos para todos os canais de água potável, e como a natureza, apesar de ser bondosa mas não perdoa, estamos pagando o preço das práticas nocivas, podendo decretar não só o estado de emergência, mas também o caos, o apodrecimento das águas fluviais que irrigavam essa região. Nossos alertas, infelizmente estão definhando junto com as causas denunciadas.