SAÚDE
Pelos altos índices, Acre deveria ser um dos primeiros estados a receber a vacina contra a malária no Brasil
Por Wanglézio Braga / Foto: Reprodução
Nesta quarta-feira (06), a Organização Mundial da Saúde (OMS) autorizou pela primeira vez, uma vacina contra a Malária. O imunizante desenvolvido por mais de 30 anos, obteve o aval da entidade após muitos estudos e discussões. A ideia é controlar a doença nos países que apresentam número grande de mortes, como no Brasil onde mata cerca de 500 mil pessoas por ano.
De acordo com a OMS, a imunização será iniciada na Índia. Elaborado pela GlaxoSmithKline, a vacina se mostrou eficaz contra o patógeno mais prevalente na África, no entanto, isso não quer dizer que deixaria de servir no Brasil, conforme disse em coletiva a organização.
A vacina será dada em quatro doses. Os testes ainda estão em andamento. Em testes clínicos, a vacina teve eficácia de cerca de 40% durante os primeiros 12 meses e 30% de redução de malária severa. Foram realizadas mais de 2,3 milhões de doses em mais de 800 mil crianças em Gana, Quênia e Malaui. Não existe confirmação sobre testes da vacinação no Brasil.
Entre os estados que registram maiores índices da doença no nosso país, está o Acre localizado na região amazônica. Nos três primeiros meses deste ano, o estado contabilizou mais de 2 mil casos, conforme dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica (Sivep).
Ainda conforme o sistema, os municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves, no Vale do Juruá, reportaram mais casos em todo o estado e são classificados como de alto risco para a doença.
A malária é considerada uma doença tropical, comum nos lugares de clima quente, justamente por ser transmitida por meio da picada dos mosquitos, que se reproduzem com maior facilidade no calor. Ela é transmitida por meio da picada de um mosquito (Anopheles) que esteja infectado com o protozoário ou por meio do uso incorreto e do compartilhamento de agulhas e instrumentos cortantes.
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