Pesquisa mostra como evangélicos se tornaram problema para Lula

A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 2 de abril, indica um aumento na desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), atingindo o patamar mais elevado desde o início de sua gestão, em janeiro de 2023. Segundo os dados, 56% dos entrevistados desaprovam o governo, ante 49% em janeiro deste ano. A aprovação caiu de 47% para 41% no mesmo período.

Quanto à avaliação da gestão, 41% consideram o governo Lula negativo, um aumento em relação aos 37% registrados em janeiro. A avaliação positiva recuou de 31% para 27%, enquanto 29% classificam o governo como regular, contra 28% na pesquisa anterior. 3% não souberam responder.

Grupos mais críticos

O levantamento também detalhou os níveis de aprovação e desaprovação em diferentes segmentos da população. Os evangélicos figuram entre os grupos que mais desaprovam o governo Lula, com 67%, seguidos por aqueles que:

• Ganham mais de cinco salários mínimos (64%)

• Têm até o ensino médio completo (64%)

• Estão na faixa etária dos 16 aos 34 anos (64%)

Por outro lado, a aprovação é superior à desaprovação entre os brasileiros com até o ensino fundamental completo (55%), renda de até dois salários mínimos (52%) e maiores de 60 anos (50%).

Entre os eleitores de 2022

A pesquisa também trouxe dados sobre a mudança na avaliação entre os eleitores que participaram do segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Entre os que votaram em Lula, a avaliação positiva caiu de 81% para 72%, enquanto a negativa subiu de 17% para 26%. 2% não souberam responder.

Metodologia

A pesquisa foi realizada presencialmente com 2.004 eleitores em 120 municípios entre os dias 27 e 31 de março de 2025. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%, conforme informado pela Genial/Quaest.