COLUNAS
Pitter Lucena homenageia Ayres Rocha, o rei do bom humor da imprensa acreana
No Acre, onde as histórias se enredam nas tramas das matas e se embrenham nos segredos dos rios, há um homem cuja presença brilha como um feixe de luz no emaranhado da exuberante Amazônia. Ayres Rocha, jornalista por profissão e encantador por natureza, é uma figura que transcende as fronteiras do noticiário, fazendo-se uma parte viva das histórias que conta.
Num cenário onde as árvores tocam o céu e os rios serpenteiam como narradores ancestrais, Ayres é como um raio de sol que penetra a densa floresta, iluminando os corações daqueles que o conhecem e dos que têm a honra de assistir aos seus relatos. Mais do que um simples mensageiro de informações, ele é um artesão de sorrisos e um cultivador de esperança.
Sua jornada é um conto de alegria e empatia, um enredo que entrelaça os princípios intrínsecos do jornalismo com a humanidade genuína de um homem que encontra beleza até nas narrativas mais sombrias. Ayres não apenas traz notícias; ele infunde cada história com uma dose de otimismo, como quem rega uma planta com cuidado e atenção.
Ao caminhar pelos corredores da Amazônia, Ayres não apenas observa o horizonte, ele se torna parte dele. Ele compreende as histórias milenares entrelaçadas nas árvores, nos rios e nas vidas daqueles que chamam essa terra de lar. Sua presença transcende o mero ato de informar, pois ele é o elo entre o povo e suas histórias, entre a selva e a humanidade.
Os rios sinuosos e as trilhas secretas que cortam a mata são metáforas da trajetória de Ayres no jornalismo. Ele navega pelas correntes de informações com a mesma destreza que um seringueiro navega por um rio desconhecido. E em cada curva da história que ele revela, há um toque de sua personalidade radiante, um sorriso que contagia e aquece os corações.
A jornada de Ayres Rocha começou como uma surpresa improvável. Um homem que um dia desempenhou seu papel em um banco viu sua vida tomar uma reviravolta inesperada quando o jornalismo cruzou seu caminho. Movido pela busca por algo mais, algo que preenchesse os espaços vazios do tempo e da alma, Ayres embarcou nessa nova aventura. E assim, com um sorriso no rosto e curiosidade no coração, ele se lançou no universo das notícias.
Ayres não é apenas um jornalista; ele é um contador de histórias, um embaixador da verdade que busca tocar as vidas das pessoas de maneira autêntica. Seus olhos brilham ao compartilhar os acontecimentos do mundo, e sua voz é um veículo para transmitir informações com paixão e empatia. Cada reportagem, cada notícia é uma oportunidade para ele iluminar os cantos mais sombrios com sua atitude positiva e gentil.
São nos corredores dos estúdios e nas telas das televisões que Ayres floresce. Seu carisma é como um imã, atraindo risos e sorrisos por onde passa. Brincadeiras e piadas são suas ferramentas para dissipar a tensão do dia a dia e trazer uma lufada de ar fresco às vidas de seus colegas e amigos. Ele entende a importância de manter o bom humor, mesmo diante das notícias mais sombrias, pois sabe que a alegria pode ser um bálsamo para os corações cansados.
Seus amigos de longa data, os quais ele coleciona ao longo dos anos, atestam seu caráter gentil e espírito amigável. Desde os dias de faculdade de jornalismo, onde ele conheceu muitos deles, até as aventuras na carreira jornalística, Ayres nunca perdeu sua habilidade de fazer piadas e encontrar razões para rir. Seu talento para memes e brincadeiras o tornou um rei do bom humor no Acre, uma fonte constante de sorrisos em uma região que muitas vezes enfrenta desafios sérios.
A vida de Ayres Rocha também é enriquecida por sua conexão profunda com sua família. Carinho e amor são a base de seu relacionamento com seus entes queridos, um reflexo do homem amável que ele é. Sua presença é um raio de sol na vida daqueles que o cercam, e sua dedicação aos amigos leais é uma extensão desse amor.
Seu compromisso com a verdade e sua capacidade de se colocar no lugar das pessoas são evidentes em sua atuação como jornalista. Ao apresentar notícias tristes ou calamidades, Ayres, por muitas vezes, não conseguia conter suas emoções. Ele não apenas relatava eventos, mas também se conectava com a dor das pessoas, como um farol de compaixão em meio à escuridão. Sua sensibilidade mostrava que, além de um jornalista talentoso, ele era um ser humano profundamente empático.
Em um momento marcante de sua carreira, Ayres Rocha foi escolhido para representar seu estado em uma edição comemorativa do Jornal Nacional. Uma honra merecida para alguém que havia dedicado sua vida a informar e inspirar. Ele se destacava não apenas por sua habilidade jornalística, mas também por sua autenticidade e paixão pelo que fazia.
Em meio às risadas e lágrimas, Ayres Rocha continuou a trilhar seu caminho, superando desafios pessoais e profissionais. A perda de sua mãe em 2022 foi um momento de profunda tristeza, uma despedida que deixou um vazio em seu coração radiante. Mas mesmo em meio à dor, ele encontrou palavras de gratidão e amor, uma demonstração de sua força interior e resiliência.
Assim, Ayres Rocha continua a brilhar nos lares acreanos, trazendo luz para os eventos diários, sorrindo através das adversidades e compartilhando seu coração generoso com todos que o conhecem. Seu jornalismo é uma extensão de sua humanidade, e sua humanidade é uma inspiração para todos nós, mostrando que a verdadeira grandeza não está apenas na carreira, mas na forma como tocamos as vidas dos outros com gentileza, empatia e amor.
Pitter Lucena é jornalista, escritor e editor-literário