Produtores rurais em Rio Branco estão enfrentando sérios problemas com a infestação de lagartas, que tem devastado pastagens e plantações de milho na região. Thiago Barbosa, produtor que iniciou este ano o cultivo de milho em uma área na Transacreana, relata os impactos devastadores da praga em sua propriedade.
“É a primeira vez que planto milho. Fiz uma pequena área para adquirir experiência e expandir no próximo ano. Já sofremos com um verão muito intenso e agora, quando parecia que iria melhorar, veio o ataque das lagartas, tanto no milho quanto na pastagem. Identifiquei a presença delas há cerca de 15 dias”, explica Thiago.
Legenda: Parte do milharal após ataque de lagartas numa propriedade na Transacreana (Foto Arquivo Pessoal)
Enquanto na pastagem o prejuízo é considerado incalculável, no plantio de milho, ele conseguiu salvar parte da lavoura por meio de controle químico e precisou replantar áreas inteiras onde as plantas foram destruídas. A praga, além de prejudicar a produção, tem gerado dificuldades para adquirir os produtos necessários para o controle.
“Busquei ajuda técnica com amigos agrônomos que recomendaram a dosagem certa para aplicação nas plantas. Ao procurar o produto na agropecuária, encontrei outros produtores relatando o mesmo problema. Os vendedores comentaram que o estoque estava baixo, o que dificultou ainda mais o controle da infestação”, relata.
Apesar de ter buscado apoio técnico, Thiago ressalta a falta de suporte ao produtor rural por parte dos órgãos competentes. “Na verdade, acredito que os produtores, de forma geral, não têm nenhum suporte técnico consistente em todas as áreas de produção e no combate a situações como essa que estamos enfrentando agora”, afirma.
Legenda: Proprietário teve que replantar parte da produção (Foto: Arquivo pessoal)
A infestação de lagartas destaca a vulnerabilidade dos produtores diante de pragas e condições climáticas adversas, além de expor a necessidade de políticas públicas mais robustas e acessíveis para apoio técnico e logístico na defesa fitossanitária. Enquanto isso, os prejuízos crescem, comprometendo não apenas a produção agrícola, mas também a pecuária da região.