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Prefeitura de Rio Branco encaminha famílias desabrigadas para o acolhimento no Parque de Exposições
Com a contínua cheia do rio Acre, muitas famílias precisam se deslocar de suas casas para abrigos provisórios montados pela Prefeitura de Rio Branco. Até o momento, doze estão sob gerenciamento da municipalidade, sendo o Parque de Exposições e onze escolas, onde uma delas é exclusiva para receber crianças com Transtorno do Expectro Autista e seus familiares.
Entendendo que o momento é delicado e muitas das famílias atingidas não possuem condições para saírem sozinhas de suas residências, a gestão em parceria com o Corpo de Bombeiros tem feito o resgate. As pessoas que se encontram em bairros alagados devem acionar o 193 para que uma equipe seja designada a prestar o socorro.
“A operação alagação, independente do ano, funciona da seguinte maneira: quando ela atinge o município, a gente trabalha com todo efetivo do município, quando extrapola a extensão do município, passa para o Estado e depois para o Governo Federal, sendo o Exército Brasileiro, nos ajudando. O que está acontecendo hoje”, explicou o coronel Cassiano da Defesa Civil Municipal (Comdec).
“Algumas pessoas aí não protelam para sair acreditando que vai abaixar, outras pessoas começam a realizar alguns tipos de arrumações em casa, outras pessoas resolvem brincar. Dentro desse contexto todo você tem que sempre prezar pela sua segurança, independente de qual seja o tipo de atitude que você vai adotar. Principalmente àquelas pessoas que estão já com a água, que não conseguem visualizar o terreno por onde você se encontra, tome o máximo de cuidado”, explicou o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre (CBM/AC), coronel Charles da Silva Santos.
Com o nível do rio acima dos 17 metros, para a dona de casa Charlene Mota, a hora de acionar o 193, chegou. Ela desabafou que há menos de uma semana havia alugado o imóvel no bairro Sobral para morar com suas filhas, mas que depois do ocorrido, não pretende voltar para o local.
“Foi rápido, graças a Deus foi muito rápido, porque ontem eu dormi fora de casa, fiquei com medo de entrar em casa, quando cheguei hoje já estava na porta da minha casa, então liguei para eles e não demoraram muito. Não sei nem o nome da rua porque me mudei na sexta-feira, eles acharam a minha casa bem rapidinho e graças a Deus agora estou indo para o abrigo”.
Após a equipe recolher todos os seus pertences e acomodarem no compartimento do caminhão, o destino agora é o Parque de Exposições.
De acordo com a secretária municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), Suellen Araújo, todo o acolhimento tem se dado a essas famílias que ao ingressarem em um dos abrigos, recebem box, alimentação, atendimento médico e kits para se manterem no espaço.
“Quando eles entram no Parque a partir dos encaminhamentos da Defesa Civil, eles são acolhidos, onde realizam um cadastro, ficha socioeconômica e inclusive, a parte do inventário dos bens que estão trazendo. Em seguida, encaminhamos para os boxes, aquilo que eles levam é relatado ao inventário, o que fica é lacrado. Então, vem a outra parte de assistência onde vamos identificar a necessidade da família, bem como a alimentação”.