Professor Raimundo Ferreira, ‘adido’ do Acre na Paraíba, apresenta o município de Areia, o “Caminho do frio”

CAMINHO DO FRIO

Município do brejo paraibano, distante 123 km de João Pessoa, a cidade de Areia, nessa época do ano, apresenta temperaturas mais amenas do que no litoral. Aos fins de semana, recebe um grande contingente de pessoas vindas da capital, atraídas por uma programação conhecida como “Caminho do Frio”.

Nessa localidade, os visitantes podem fazer trilhas a pé ou com veículos apropriados, explorar grutas, aproveitar balneários, visitar engenhos e alambiques das tradicionais cachaças da região, além de apreciar e participar de visitas guiadas ao conjunto arquitetônico local — com casarões de diferentes épocas e estilos, muitos deles bem preservados, que remontam aos períodos colonial, renascentista e neoclássico.

Como toda cidade do interior, Areia ainda preserva hábitos e costumes enraizados na fé, na vida simples de seus moradores e na convivência estreita entre vizinhos — mantendo o ritmo típico das pequenas cidades, que resiste ao tempo e às modernidades.

Para ilustrar, citamos o exemplo da programação noturna dos moradores: a maioria coloca suas roupas de passeio e sai para a praça, onde degustam iguarias rápidas, tomam sorvetes, sentam em barzinhos com mesas nas calçadas e jogam conversa fora. Nos fins de semana, algum grupo musical, geralmente de forró, se apresenta no coreto central da praça, animando o povo até as 19h. A partir daí, é preciso parar, pois é hora da missa — e, por mais que existam outras autoridades na cidade, é recomendável não desobedecer ao padre.

Os visitantes, que estão na cidade por conta dessa invenção chamada “Caminho do Frio”, muitas vezes quebram a tradição e rompem o silêncio: quando a música do coreto encerra, eles continuam nas praças, tomando cerveja gelada, tocando violão e cantando músicas populares. O padre, provavelmente, não anda muito satisfeito com isso… kkkkkkkkkk!