RAIMUNDO FERREIRA
Professor Raimundo Ferreira escreve nesta terça-feira, 4, sobre “Caminho escorregadio”
CAMINHO ESCORREGADIO
Nós, os mortais farofeiros, que insistem em invadir o banquete da nobreza, convivemos em um reality show constantemente monitorados em nossos comportamentos e em nossas ideias, pois, mesmo nutrindo a impressão de que somos livres, mas não usufruimos dessa liberdade e mesmo insistindo em não depender e nem sofrer as influências do poder político, não conseguiremos, pois, seus efeitos e por sinal desfavoráveis aos nossos intetesses, estão nos encurralando, ou seja, nem adianta se esquivar, todos somos afetados e lamentavelmente, por incrível que possa parecer, não devemos explicitar nossos reais descontentamentos, especialmente sobre os aspectos que mais nos afligem. Por exemplo, atualmente caminhamos e transitamos com nossos veículos por vias urbanas e estradas interestaduais que poderiam ser de melhor qualidade e mais bem presevadas; consumimos
produtos de origens animal e vegetal, bem como, produtos industrializados, que poderiam também ser bem mais baratos; contamos com um sistema educacional de péssima qualidade, que não atende as demandas, especialmente das populações menos favorecidas; nos centros urbanos, especialmente as capitais, não oferecem segurança pública suficiente para a população em geral; contamos ainda com um sistema de saúde totalmente decadente em todos os aspectos, e, sobre os impostos, que inclusive incidem sobre tudo que consumimos, incluindo a posse de moves e imóveis, a lista é tão extensa que até nem lembramos no momento da quantidade de siglas. Todas estas deficiências e falhas, certamente concorrem para que sejamos um país subdesenvolvido em todos os sentidos, muito abaixo do que as nossas potencialidades poderiam propiciar, e pra finalizar ainda enfrentamos o problema da falta de liberdade, que de certo modo, proíbe a livre expressão sobre o que pensamos e sentimos, pois, apesar de não existir uma proibição oficial visível, mas, quem se arriscar a falar demais, acreditando que estará resguardado pelos direitos descritos na carta magna, aconselha-se assim não proceder, pois, poderá ser surpreendido e quando menos esperar, poderá ter tornado escorregadio as condições do caminho por onde está caminhando.