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Professor Raimundo Ferreira escreve sobre a tragédia anunciada, que é a seca do rio Acre

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As notícias já circulam nos meios de comunicação anunciando que o nosso principal símbolo e maior manancial do Estado, por essa época já está abaixo de 1,5m, situação esta, que prenuncia uma grande seca para o rio Acre e que possivelmente vai acarretar em dificuldades para a navegação das pequenas embarcações dos ribeirinhos, bem como, para a captação de água que abastece a cidade de Rio Branco. Quando o período das chuvas cessa e deixa regar o solo dessa região ainda em junho, como foi o caso desse ano, e o sol assume o protagonismo, castigando o território acreano e adjacências, o resultado é que quando chegamos em setembro e muitas vezes, ainda adentra até a segunda quinzena de outubro, quando as chuvas voltam a regar o solo, os pastos já estão totalmente secos, os igarapés também já secaram, existindo apenas algumas poças, o que popularmente denominamos de apartados, e como não poderia ser diferente, a principal corrente, o Rio Acre, também sofre as consequências dessa falta de chuvas, com algumas localidades praticamente apartadas, escorrendo apenas um pequeno filete de água. Na verdade, o período das chuvas constantes, quando ocorrem inclusive as trágicas alagações e o período da estiagem, quando sol escaldante castiga essa região por uns quatro meses ou mais, sempre existiu, todavia, em tempos passados, quando a cobertura vegetal existia de forma mais completa e sadia, criando uma proteção mais eficiente sob a terra, tanto o solo quanto os rios e igarapés, resistiam com mais segurança e sem sofrer tanto os efeitos desse período da falta das chuvas. Até então falamos desses problemas descrevendo os efeitos evidentes, no entanto, não devemos esquecer das causas do problema, o Rio Acre, assim como todos os afluentes, especialmente os igarapés que serpenteiam na zona urbana e adjacências, perderam quase que a totalidade das coberturas vegetais de suas margens e para piorar a situação, as populações que habitam próximo a esses mananciais, desde sempre, além de dispensarem todos seus materiais e utensílios em desuso no leito destas correntes, ainda encaminham seus esgotos domésticos in nataura para esses mananciais, e na localidade de maior concentração populacional, capital Rio Branco, os governantes, em vez de dá o exemplo e contribuir para a preservação desses importantes e vitais cursos de água, além de não tratar os esgotos antes serem encaminhados para os igarapés e o rio, canalizaram os dejetos sem o devido tratamento para um canal (canal da maternidade) e encaminharam tudo para o Rio Acre. Não se faz necessário ser um futurologista, ou leitor de búzios, para se prever, ou melhor, para alertar às autoridades, que esse problema dos efeitos prejudiciais da seca no regime dos rios e igarapés do Acre, vem crescendo em uma escala ascendente e a tendência será de uma evolução rápida do ruim para péssimo e infelizmente, em breve atingiremos o caos total.

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