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RAIMUNDO FERREIRA

Professor Raimundo Ferreira escreve sobre um crime ambiental recorrente no Acre, o despejo de esgoto no Rio Acre

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O RIO QUE NÃO VOLTA

 

 

Sobre nossos posicionamentos quanto à preservação do meio ambiente — especialmente no combate à poluição das águas —, ilustro com imagens e fatos relacionados às minhas origens, que posso também chamar de “minha aldeia”.

 

A verdade é que o descaso com a preservação, aliado às atitudes movidas por interesses financeiros e à leniência do poder público em não fiscalizar ocupações, conceder licenças e, consequentemente, permitir ações poluidoras — especialmente em rios, igarapés, lagos e outros mananciais de água doce — é um crime. Isso ocorre no meu estado, o Acre, mas também em regiões mais desenvolvidas do país e em outros lugares do mundo.

 

Quando chamamos a atenção para um pequeno igarapé que cruza a capital do Acre, chamado Canal da Maternidade, e que recebe grande parte do esgoto in natura da cidade antes de despejá-lo no nosso maior manancial — o Rio Acre —, estamos, na verdade, mostrando um exemplo vivo e real de um problema que se repete em muitos outros rios brasileiros, alguns já totalmente descaracterizados.

 

No caso do Rio Acre, quem o conheceu há trinta anos, quando ainda era a principal via de comunicação, transporte e comércio, sabe da sua importância. Era por ele que se exportava e recebia mantimentos; era dele que vinha o sustento alimentar de grande parte da população ribeirinha, graças à abundância de peixes. Como disse o escritor e historiador amazonense Leandro Tocantins no título de uma de suas obras: “O rio comanda a vida”.

 

Tudo dependia desse rio — e ele atendia. Supria, dentro das condições da época, as necessidades para a sobrevivência de toda a região. Quem conhece essa história e testemunhou in loco a função, a importância e a aparência que o Rio Acre já teve, ao ver hoje o seu estado, inevitavelmente sente desprezo e tristeza diante da total descaracterização desse símbolo.

 

Mais lamentável ainda é saber que grande parte dessa degradação é fruto direto do descaso e da ação humana.

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