Connect with us

ESPORTE

Quadrado mágico e outras modas

Publicado

em

Eu estava um dia desses pensando nos modismos táticos que aparecem de vez em quando no mundo do futebol. Tudo por conta de uma conveniência de momento, de acordo com a necessidade que os treinadores têm, levando em conta o material humano à sua disposição, para determinada partida.

Dessa forma é que nos anos mais remotos do passado, quando os portugueses aportaram nas terras da Bahia, a estratégia usual das equipes, no caso dos visitantes e dos nativos, era a de um sujeito no gol e trinta e cinco na linha. Todos no campo do jogo se empenhavam no ataque e na defesa.

Ninguém “guardava” posição. Não existia esse negócio de lateral ficar preso num dos lados do campo, nem de centroavante jogando “enfiado”, esperando os cruzamentos dos ponteiros. Muito pelo contrário. Era chutar pra frente e correr atrás da bola. Sebo nas canelas e Tupã zelando por todos.

Coincidentemente (ou não), anos mais tarde, a seleção dos Países Baixos (Holanda para os menos entendidos) adotou uma forma de jogar semelhante. Tática que eles denominaram “Carrossel Holandês”. De repente, o zagueiro virava atacante, o meia-armador virava lateral, e assim por diante.

Os holandeses assombraram o mundo com o seu carrossel. Tocavam a bola de um para ou outro lado do campo com tanta velocidade que deixavam os adversários tontos. Jogaram as copas de 1974 e 1978 com essa versão tirada lá daquela pelada dos índios contra os europeus, em 1500.

Depois disso, muita coisa aconteceu sob o céu dos dois hemisférios, no que diz respeito à formação dos times de futebol. Teve o “tripé de meia cancha”, o “quadrado mágico”, o “tique taque”, o “overlaping”, o “líbero” (às vezes atrás do zagueiro, às vezes na frente destes) e o escambau a quatro.

No futebol acreano, eu lembro enquanto escrevo de dois treinadores que ficaram famosos pela introdução dessas táticas. O primeiro se chamava Alício Santos, nos anos iniciais da década de 1970. O segundo treinador se chamava Ariosto Pires Miguéis, na primeira metade da década de 1980.

Alício Santos, no Independência, foi o responsável por fazer recuar um atacante e transformá-lo num terceiro homem de armação. E então, do chamado 4-2-4, o time dele passou a jogar no 4-3-3. Enquanto isso, o Ariosto tentou implantar no Atlético uma versão tupiniquim do Carrossel Holandês.

Apesar de boas ideias, não se pode dizer que a implantação delas obteve pleno êxito. No caso do 4-3-3 foi muito difícil convencer um atacante a virar armador. No caso do “carrossel”, segundo o depoimento de um atleta da época, o que pesou mesmo foi a falta de pernas para correr sem parar.

E tenho dito!

Continue lendo

EXPEDIENTE

O Portal Acrenews é uma publicação de Acrenews Comunicação e Publicidade

CNPJ: 40.304.331/0001-30

Gerente-administrativo: Larissa Cristiane

Contato: siteacrenews@gmail.com

Endereço: Avenida Epaminondas Jácome, 523, sala 07, centro, Rio Branco, Acre

Os artigos publicados não traduzem, necessariamente, a opinião deste jornal



Copyright © 2021 Acre News. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por STECON Soluções Tecnológicas