CULTURA & ENTRETENIMENTO
Sanfoneiros vão animar lançamento de livro de delegado na Banca do Pelé em maio
O delegado de Polícia José Alves vai lançar seu terceiro livro dia 31 de maio na Banca do Pelé, na Praça do Palácio Rio Branco, das 11h às 13h. Ele quer aproveitar a data para festejar, também, o aniversário de 52 anos da livraria mais badalada da capital nos anos 1980 e 1990, que abastecia todo tipo de leitor. Por isso, três sanfoneiros devem animar o evento.
José Alves dos Santos, 68 anos, tomou uma decisão acertada e em tempo na vida ao perceber que, nascido na periferia de Rio Branco, dentro de uma família humilde, corria sério risco de não chegar a lugar nenhum, a menos que acertasse na loteria ou estudasse. Apostou no estudo e acertou em cheio. Graças a sala de aula conseguiu ser jornalista, tabelião de Justiça, o primeiro do município de Senador Guiomar, professor e policial. Como conseguiu fugir do destino triste que o aguardava se não tomasse essa decisão é o que ele conta em um livro autobiográfico que lançará dia 31 de março, às 10h, na Banca do Pelé, na Praça do Palácio Rio Branco, centro da capital.
Formado em Direito, Letras e Filosofia, tudo pela UFAC, o delegado José Alves é um container cheio de sabedoria e com muitas histórias para contar ao longo de suas seis décadas e meia de existência. Tanto que o livro que lançará dia 31 é o terceiro. No primeiro, “O Bosque”, ele conta parte de sua infância e juventude, no segundo, “Poesias e pensamentos bíblicos“, trata de seus 20 anos como delegado, o contato com a violência, principalmente as drogas.
Nesse terceiro é totalmente autobiográfico. Vai contar a vida de modo geral, sob o ponto de vista filosófico, inclusive. “Serve pra todo mundo colher alguma coisa“, disse o experiente escritor.
Zé Alves está morando em Rio Branco, depois de passar uma temporada em Brasileia. Veio para a capital porque, mesmo aos 68 anos, vai estudar psicologia. As aulas começam dia 14 de fevereiro e ele está ansioso, segundo disse ao AcreNews, para voltar a sala de aula. Ao mesmo tempo, ele vai fazer uma atualização de um ano em Direito. Ou seja: é o mesmo irrequieto dos anos 1970 e 1980, quando, além de estudar, trabalhou nos jornais Diário do Acre e Folha do Acre. Nesse último assinava uma coluna chamada “Pinga Fogo“. O diretor de redação do jornal era Estevão Bimbi.