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POLÍCIA

Seis anos depois, processos que apuram desvios de dinheiro da Emurb caminham para um desfecho

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Deflagrada em setembro de 2016 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), para investigar um desvio de R$ 7 milhões da EMURB na gestão de Jackson Marinheiro, a Operação Midas caminha para um desfecho.

Nos últimos dias a Justiça recebeu mais duas das 20 denúncias oferecidas pelo Ministério Público do Acre contra Marinheiro e outros investigados. Uma delas foi a do chamado núcleo de compras, ou seja, os réus eram, supostamente, os responsáveis por fazer aquisição de materiais superfaturados e também emitir notas frias para justificar o desvio do dinheiro público. A maioria por obras que não eram realizadas.

Neste processo passaram da condição de acusados para réus Jackson Marinheiro Pereira pelo crime de peculato por 48 vezes e por organização criminosa, Jorge Ney Fernandes, Evaldo da Silva Morais, Neivo Vilacorta Araújo, Tayany de Araújo Souza, Sérgio Rodrigues da Rosa Campos, Wellesclay Lopes Araújo.

A ré Tayany de Araújo, que celebrou acordo de delação premiada, teve o processo suspenso. Já Evaldo da Silva, que também fechou acordo de deleção, pode ter uma pena mais branda em caso de condenação.

No último dia cinco, o juiz da 4ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, Cloves Augusto Monteiro, aceitou mais uma denúncia. Desta vez contra o núcleo chamado de “operador financeiro”, que era o grupo responsável por receber o supostamente dinheiro desviado.

Por conta da extensão do processo e do número de documentos colhidos no curso da investigação, o GAECO decidiu dividir o caso em 20 núcleos para facilitar o andamento, a instrução penal e julgamento de cada um dos envolvidos.

Nomeado pelo ex-prefeito Marcus Alexandre para assumir a Empresa Municipal de Urbanização de Rio Branco, Jackson Marinheiro chegou a ser preso na 2ª fase da operação deflagrada em setembro de 2017.

Em 2019, o ex-gestor da EMURB voltou a ser preso pela acusação de descumprir medidas cautelares. De acordo com investigações do MP, Marinheiro estava vendendo o gado da fazenda que tinha sido sequestrado por determinação judicial.

No mesmo ano o ex-diretor da EMURB foi condenado pelo crime de peculato a 4 anos de prisão. Na casa do réu foi encontrado um notebook de propriedade da Empresa Municipal de Urbanização de Rio Branco.

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