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Sindicato repudia mais um caso de violência no PS no Juruá: Episódio recente envolveu sargento do exército
Da redação do AcreNews
Mais um caso de violência envolvendo paciente e profissional da medicina foi registrado em Cruzeiro do Sul. Na madrugada de ontem (04), no Pronto Socorro Humberto Grandidier, o PS de Cruzeiro do Sul, registrou cena de violência e desacato disparadas contra uma médica e a equipe de plantonista e teriam sido praticadas por um sargento do Exército Brasileiro, identificado por Sargento Berton, do Batalhão de Infantaria e Selva – 61 BIS.
Segundo Boletim de Ocorrência (BO), o sargento estava acompanhado da esposa que havia sofrido queda e dentro da sala de traumatologia, o militar teria engatilhado a arma. Militares da Polícia Militar (PM) e do BIS foram chamados para controlar a situação. Segundo testemunhas, o sargento e a esposa estavam com sinais de embriaguez.
O episódio foi repudiado pelo Sindicato dos Médicos do Estado do Acre (SINDMED-AC) que pediu que o caso seja averiguado e que “carece de punição exemplar”.
“Os relatos causaram ainda mais asco e indignação depois da divulgação da negativa de prisão em flagrante do autor das ameaças à equipe médica, o que levanta a possível existência do crime de prevaricação por parte de autoridades responsáveis. Se um sargento membro das Forças Armadas, acusado de embriaguez, ameaça e faz uso ostensivo de arma de fogo, sem a devida autorização de porte, não foi preso, então é imperioso que haja o encaminhamento do caso para o general incumbido para a devida apuração e punição exemplares, evitando que ocorrências similares se perpetuem, maculando o nome e a imagem da corporação”, diz nota do SINDMED-AC.
A entidade pediu ao “governo do estado ação efetiva contra os crimes cometidos dentro das unidades de saúde, ambiente em que as pessoas buscam apoio e onde os trabalhadores necessitam de condições de trabalho suficientes e adequadas para atender de forma eficiente todos os pacientes”.
“Os Diretores deste Sindicato também anunciam que ampliarão a frequência das visitas técnicas para que o estado cumpra com a decisão da ação civil pública (ACP), ajuizada pela entidade, que determina a utilização de segurança armada em todas as unidades de saúde e a utilização de equipamentos eletrônicos de vigilância para reduzir a violência”, concluiu a nota que teve apenas a assinatura da diretoria.