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Talysson Nobre – O metaleiro do Acre que entrou no cenário musical do centro-oeste para gritar a sua arte

Talysson Nobre é acreano e atualmente com 32 anos vive em Goiânia

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Por Wanglézio Braga

Foi antes dos 16 anos de idade que o acreano Talysson Nobre tomou gosto por um gênero musical bem diferente do habitual para os jovens da sua época. Os tímpanos apurados, acompanharam o som incorporado, massivo, com um ritmo que sempre exige dos intérpretes pregas vocais graves, sadias, misturadas com guitarras altas que formam o barulhento, mais artístico “Heavy Metal” ou simplesmente “Metal”.

O estilo é do gênero Rock’n roll e foi iniciado entre anos de 1960 a 1970 na América do Norte e parte da Europa e ganhou o mundo a partir das décadas seguintes. O gênero ganha críticas contestadas inclusive por universidades. A de Queensland, em Brisbane, por exemplo, lançou estudo dizendo que o gênero “ajuda a processar a raiva”, deixando os ouvintes mais ativos e energizados. Será?

Hoje com 32 anos de idade, Talysson é referência absolutamente acreana para esse gênero musical. Passou por inúmeras bandas e atualmente se prepara para realizar o seu sonho de fazer uma turnê pela sua região. Os primeiros estados já foram escolhidos, mas Goiás vai ser o primeiro e em seguida, o Distrito Federal. O projeto apelidado de “Rock 62” foi ensaiado e deve ser sacramentado no próximo ano.

“Tacin”, como é conhecido pelos amigos-fãs, conta tudo num bate papo rápido para o quadro “Entrevistado da Semana do AcreNews”. Fala na mudança de estado, do cenário musical no nosso país, faz uma retrospectiva positiva da carreira e conta, é claro, da trajetória promissora que deve ser acompanhada pelo habitual gosto de praticar 10 km de caminhadas matutinas. Leia na íntegra:

AcreNews – Talysson como foi o início de tudo?

Com aproximadamente 16 anos, iniciei com uma banda de garagem, ou melhor, de quarto. Foi lá no meu quarto que criei um estúdio improvisado. Com os meus amigos, a gente começou a fazer um som. Tudo era muito improvisado, sabe? Nós buscamos, inicialmente, sempre referências de bandas que tínhamos acessos como Ices Eaeth, Iron Maiden, Metallica, Judas Priest, Dio e outras. Depois veio a fase de ouvir U2, Coldplay, Creed, Radiohead, Tears for Fears, Crowded House. Daí, passamos a ensaiar as músicas e cantar, pela primeira vez, num estúdio profissional da cidade, o Estúdio Catraia. Foi ali que tive a percepção de que queria fazer, trilhar na música.

AcreNews – Na certeza, logo depois começaram a aparecer os convites para o evento!

Passando o tempo, fui ganhando mais experiência, logo convidado a participar de outra banda em outro cenário. Essas eram as noites. Bandas que tocavam em boates, casas de shows, pubs e barzinhos. Uma dessas é a famosa “Banda 068”.

AcreNews – Do quarto, para um estúdio profissional, depois integrante de banda que se apresentava nas noites. Que visão você teve disto?

À noite encontrei uma outra visão de música. Foi ali, conhecendo novos músicos, fazendo grandes amizades, conhecendo pessoas que gostavam do nosso som, que isso foi se tornando natural e com tempo passei a usar meu próprio nome no cenário musical. Daí, passei a ter agendas marcadas.

AcreNews – Essas agendas eram cumpridas em eventos regionais e bastante conhecidos, não é?

Participei de alguns, me apresentando no “Feliz Metal”, no “Carnarock”, em eventos no antigo quadrilhodromo e entre outros. Ainda em terras acreanas, gravei um EP de 4 músicas da “Banda RAW Ride”. Depois foquei muito em ser intérprete. Trilhei sempre no “Mundo dos Covers”.

Chegamos a tocar em um pub muito legal da cidade chamado Loft. Fizemos diversos especiais. Dentre eles de uma banda na qual me inspira muito e que sou fã demais – o Coldplay. Fizemos quatro ou cinco edições fantásticas e que foi muito da hora. E teve um apelo muito grande. Esse especial foi feito pela minha última banda no Acre, a Drones.

AcreNews – Atualmente você vive em Goiânia. Por que escolheu viver quase 3 mil KM de distância da sua cidade natal?

Goiás era um sonho antigo da minha mãe. Ele sempre pensou em morar em Goiânia, tinha uma relação antiga de negócios e sempre disse que viria. Em 2018, ela cumpriu e se mudou para cá. Eu fiquei sozinho no Acre. Em 2019 veio a pandemia. Tudo ficou difícil! Como já tinha ideia de mudar de cidade, decidi que era o momento.

AcreNews – O que essa mudança trouxe de benefício para você?

Eu pude dar um novo rumo na carreira, conhecer novos músicos, ter novos panoramas, e ficar um lugar onde estivesse mais perto da minha querida mãe. Tudo foi muito natural na mudança, mas tive que me esforçar para me adaptar. Exigiu ser mais resiliente, paciente e sobretudo esperar o momento certo para retomar na música. Depois de quase três anos, encabeçou o projeto Rock 62.

AcreNews – O que podemos esperar desse projeto?

Boas coisas virão. Estamos elaborando um projeto totalmente autoral que deve sair em breve. Nesse projeto temos a ambição de percorrer algumas cidades dentro de Goiás e fora dele, chegar em Brasília para enturmar na capital do Rock. Estamos pensando grande, mas sempre com os pés no chão.

AcreNews – Como você avalia o movimento Heavy Metal no Acre?

Faço uma avaliação com muito apreço ao movimento no Acre. Acredito que no heavy metal, não se têm muitas leis de incentivos, não se valoriza o cenário e a proposta do metal. Por exemplo, não se pensa em valorizar cada músico. Isto começa pela estrutura oferecida, a remuneração que quase não existe. Creio muito na música no Acre, porém, com toda dificuldade, as coisas não andam como se deveria.

AcreNews – Sua avaliação contempla o cenário geral, brasileiro?

Falando no geral, a música precisa de apoio, precisa de incentivo, precisa de lei de reconhecimento ao artista. Temos que ser reconhecidos como tal. Repito: falo em toda a classe musical seja no Acre, aqui em Goiás, no Brasil! Conheço muita gente, muitos músicos especiais que por não terem seu trabalho reconhecido, decidem se afastar de tudo e viver no anonimato.

Em relação ao rock, no geral, está precisando surgir um grande trabalho. Digo um grande sucesso, algum álbum que venha para se eternizar como foi nos anos 80 e 90. Com grandes sucessos que são lembrados até hoje e não morrem. Hoje, o sertanejo predomina nas rádios com músicas descartáveis.

AcreNews – Sendo assim, o que se almeja do cenário do rock e que recado você deixa para as pessoas?

O rock tem que retomar na construção de bandas com qualidades, trabalhos sólidos, tornando o nível nacional mais visível e presente na vida das pessoas. No Heavy Metal os passos são os mesmos, com bandas que atingiram um auge na sua história com Angra, Sepultura, Viper e continuam como as grandes bandas de heavy metal nacional. As novas bandas passam por outro momento da mídia: Não tem apoio. Não conseguem lotar seus shows, o público está diferente, as músicas de hoje são baixadas na internet e isso tudo dificulta a solidez do trabalho. Com isso posso dizer que o heavy hoje está coadjuvante no cenário nacional em relação ao mundo.

O recado que deixo é: o heavy metal é cultura, é arte e pode transformar as pessoas, pode entreter e fazer você pensar. Consumir o metal é arrancar as amarras deste mundo opressor. Viva o Metal!

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