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Tradicional casa do Seringueiro será apoio ao atendimento de turistas que visitam a Resex Chico Mendes

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A Casa do Seringueiro será um espaço para atividades, vivências e experiências de turismo na comunidade, podendo ser hospedagem, ponto de apoio e/ou lugar de valorização da cultura extrativista

 

O projeto ‘Esperançar Chico Mendes’ realizou, no dia 15 de julho, o lançamento da oficina de construção da Casa Tradicional do Seringueiro, na comunidade Dois Irmãos, localizada na Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes, em Xapuri (AC). A 180 quilômetros de Rio Branco, o município sedia a Casa de Chico Mendes, tombada pelo Iphan desde 2007, onde viveu e foi assassinado o líder sindical e ambientalista acreano.

 

O projeto é uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério da Cultura (MinC), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Universidade Federal do Acre (Ufac).

O Iphan participa do projeto por meio do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC), um instrumento de identificação, documentação e difusão do Patrimônio Cultural Brasileiro. No INRC, os grupos sociais participam ativamente da sua construção. São eles que indicam o que é referencial para a sua cultura, memória e identidade – o que constitui o seu patrimônio cultural.

 

“Nosso compromisso é com a valorização do patrimônio cultural como um bem de toda a sociedade, construído de forma coletiva, participativa e contínua”, afirma Stênio Melo, superintendente do Iphan no Acre.

 

A oficina teve como objetivo a transmissão dos saberes tradicionais entre gerações e o fortalecimento do turismo de base comunitária. “O patrimônio ambiental local atua como instrumento de geração de trabalho e renda à comunidade extrativista, sendo uma ferramenta para subsidiar o turismo local por meio da cultura tradicional associada a práticas sustentáveis”, explica Stênio.

 

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Foto: Allen Ferraz

Ele ainda ressalta que a iniciativa fortalece o papel do Instituto na valorização e na proteção da diversidade sociocultural do Acre e do Brasil, ampliando o alcance das ações de preservação das referências culturais e promovendo uma maior integração das instituições públicas com a sociedade.

 

As atividades iniciaram por um resgate de referências culturais do território do seringueiro, como as técnicas de construção, o mutirão e a própria casa. “O começo será pela mente, tipo uma viagem aos tempos antigos, quando não se tinha alvenaria, pisos e nenhum tipo de madeira beneficiada”, relata o extrativista e mestre da oficina, Carlos Balbino.

 

A segunda parte do evento contou com atividades na mata, como a identificação de espécies da flora e ensinamentos de como manejá-las para um melhor resultado na sua extração e futuro uso na construção. O processo empolga Balbino: “Vamos fincar os barrotes, pôr os esteios, tirar as paxiúbas, esperar o tempo da secagem, juntar as paxiúbas nas paredes, colocar o telhado de palha, fixado com envira, e deixar prontinha, bonitinha para nossa admiração e de turistas que esperamos receber”.

 

A oficina terá continuidade em agosto, quando os materiais para a construção da Casa já terão sido retirados da mata e estarão prontos para uso.

 

 

Foto: Allen Ferraz

Resultado da oficina, a Casa do Seringueiro será um espaço para atividades, vivências e experiências de turismo na comunidade, podendo ser hospedagem, ponto de apoio e/ou lugar de valorização da cultura extrativista. A construção tradicional é feita de madeiras roliças encaixadas e amarradas, com cobertura de palha, sustentada em barrotes.

 

Os materiais principais (madeira, paxiúba, folhas de palmeiras e cipó envira) são provenientes da mata. A extrativista e líder comunitária Leide Aquino comemora o feito: “Essa etapa de construção da Casa pelos jovens da nossa comunidade representa muito para nossa história, pois muitos nunca viram como era essa casa”.

 

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Esperançar Chico Mendes

O projeto tem como objetivo central a aproximação das agendas de cultura e socioambiental por meio do reconhecimento, valorização e salvaguarda do patrimônio cultural e socioambiental dos territórios tradicionais, tendo pertencimento, identidade, empoderamento, respeito e valorização dos modos de vida tradicionais como princípios e o Turismo de Base Comunitária (TBC) como meio para geração de renda, de forma autônoma na economia da sociobiodiversidade.

 

Com informações do Iphan .

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