GERAL
Transferência do Centro POP para o Castelo Branco gera polêmica e João Luz garante que funcionamento não será como era no centro
A mudança do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP) para uma casa na rua Bola Preta, no bairro Castelo Branco, em Rio Branco, gerou polêmica entre moradores da região. A operação, realizada durante a madrugada desta quarta-feira (21), foi conduzida pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos e contou com apoio da Polícia Militar, surpreendendo os moradores que planejavam uma manifestação pacífica contra a transferência.
Vídeos registrados por uma moradora mostram o momento em que veículos oficiais — incluindo viaturas da PM — chegam ao local com servidores da secretaria, muitos deles sem identificação ou fardamento. A instalação do Centro POP no bairro já havia motivado a mobilização de moradores do Castelo Branco e de regiões vizinhas, que alegam não terem sido consultados sobre a mudança e afirmam temer impactos na segurança e na rotina da comunidade. Com a transferência feita sem aviso prévio, os moradores agora organizam uma nova manifestação em protesto contra o que chamam de “ação furtiva” da prefeitura.
Diante da repercussão negativa, o secretário de Assistência Social e Direitos Humanos, João Marcos Luz, convocou uma coletiva de imprensa para a manhã desta quarta-feira (21), às 9h, em seu gabinete. A expectativa é de que o gestor esclareça os motivos da transferência emergencial e os critérios adotados pela prefeitura para a escolha do novo endereço do equipamento social.
O Centro POP oferece atendimento especializado à população em situação de rua, com foco em acesso a direitos básicos, alimentação, higiene e reintegração social. Ainda assim, a resistência de parte da comunidade tem sido recorrente em mudanças desse tipo, especialmente quando realizadas sem diálogo público.
O secretário dos Direitos Humanos da prefeitura, João Marcos Luz, disse agora há pouco que os moradores não precisam temer. “Estamos trabalhando para adotar a verdadeira política pública do Centro Pop, que volta a ser um escritório capaz de encaminhar as pessoas para os órgãos públicos e para o acolhimento, caso necessário, no Dona Elza, por exemplo. A pessoa em situação de rua vai receber alimentação pelo restaurante popular. Não teremos mais a situação que ocorria no centro”, afirmou ao AcreNews.