POLÍCIA
Tribunal de Justiça mantém decisão que leva mandante de chacina do Taquari a júri popular
A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre decidiu manter a sentença de pronúncia contra Wellington Costa Batista, conhecido como “Nego Bala”, apontado como mentor intelectual da Chacina do Taquari, que deixou seis mortos em novembro de 2023. Com a decisão, o réu será levado a júri popular por dois homicídios e pelo crime de integrar organização criminosa.
Defesa contestou provas
A defesa de Wellington Costa recorreu da decisão alegando que a acusação se baseia, essencialmente, no depoimento de um adolescente durante a fase investigativa, sem confirmação em juízo. O relator do recurso, desembargador Francisco Djalma, destacou, no entanto, que mesmo sem a ratificação em audiência, os elementos apresentados nesta fase processual indicam a probabilidade concreta de que o crime tenha sido executado sob determinação do acusado, dentro da estrutura da facção criminosa em que exerce papel de liderança.
O voto do relator foi acompanhado pelos demais magistrados da Câmara Criminal.
Crimes atribuídos
Wellington Costa foi pronunciado para responder pelos homicídios de Adegilson Ferreira da Silva e Valdei das Graças Batista dos Santos, ambos integrantes do grupo criminoso conhecido como Bonde dos 13. Além disso, responderá por integrar organização criminosa.
Outro acusado, Kauã Pinheiro Zimmerman, também foi pronunciado no mesmo processo. Em um procedimento desmembrado, outros cinco réus enfrentam acusações relacionadas à chacina.
O caso
A Chacina do Taquari ocorreu na noite de 3 de novembro de 2023, durante um confronto entre facções rivais dentro de uma residência no bairro Taquari, em Rio Branco. Além de Adegilson e Valdei, também morreram Luan dos Santos de Oliveira, Tailan Dias da Silva, Sebastião Ytalo Nascimento de Carvalho e Tiago Rodrigues da Silva.
Próximos passos
Com a decisão mantida em segunda instância, a expectativa agora é pela definição da data do júri, previsto para ocorrer no próximo ano.

