POLÍTICA
Valterlúcio Bessa Campelo escreve que “A denúncia podre é um manjar para o lulopetismo” ao se referir a denuncia contra Bolsonaro
A denúncia podre é um manjar para o lulopetismo
Valterlucio Bessa Campelo
A nota acima é a resposta imediata da oposição na Câmara Federal, nesta terça-feira, 19/02, em que a Procuradoria Geral da República – PGR ofereceu a denúncia contra Jair Bolsonaro e mais 33 aliados. Os crimes apontados foram paridos a cada dia nos últimos dois anos em pesca probatória (ilegal), a partir dos telefones apreendidos, e de delações ou confissões conseguidas na cadeirinha da Polícia Federal. Tem pra todo gosto, afinal, pesca-se (ou caça-se) até baleia incomodada em alto mar desde que seja para incriminar o ex-Presidente.
Não me meto a constitucionalista, nem processualista, apenas considero que é a lógica e não a autoridade que preside o argumento, então, como não faz sentido qualquer das acusações, acredito firmemente que se trata de uma perseguição política aos moldes do início do século passado, mas com cheiro ainda mais antigo, o de Luiz XIV – a lei sou eu. A rigor, querem como na vizinha Venezuela e, como tentaram nos Estados Unidos contra o Trump, ganhar sem adversários. Condenem ou matem todos os adversários viáveis e não haverá problemas! Ao mesmo tempo, oferecem carne podre aos cães da esquerda e da imprensa (dá no mesmo). O rito é o seguinte:
1 – Encaminhamento ao STF: A denúncia é enviada pela PGR ao STF, que realizará uma análise preliminar para verificar a admissibilidade do caso.
2 – Defesa: Os advogados de Bolsonaro têm a oportunidade de apresentar argumentos e tentar barrar o avanço do processo.
3 – Instrução Processual: Se aceita, a denúncia entra em fase de coleta de provas, com depoimentos, documentos e demais evidências que compõem o quebra-cabeça do caso.
4 – Julgamento: Com o conjunto probatório em mãos, o STF, por meio do relator Alexandre de Moraes e dos demais ministros, avaliará os argumentos e decidirá entre a condenação ou absolvição.
Como se vê, o final do filme já está escrito. A mesma gente que tirou o condenado da cadeia para fazê-lo presidente, e fez, há dois anos fazem malabarismos e rasgam leis para prender Bolsonaro, logo, poderá ser feito, pelo menos, é o que se pode deduzir sem grandes esforços. Sorte é que novos fatos podem surgir e alterarem os pressupostos.
É bastante natural que entre a intenção e o gesto aconteça algo que ainda não está claro no horizonte. Diante da derrocada do Lula, estará o governo ainda em condições de impor à sociedade juntamente com seus sócios togados, essa bestialidade? O povo, cada vez mais sentindo os efeitos do fracasso econômico, moral e político do governo petista, estará disposto à inércia enquanto o líder conservador vai ao cadafalso? Os congressistas, muitos deles já repensando seu apoio ao governo, tendo à frente as eleições de 2026, conseguirão segurar uma onda popular da espécie que derrubou Dilma? A geopolítica absorverá com tranquilidade o fim do estado de direito no Brasil? São apenas perguntas.
No meio de tudo isso, a anistia aos manifestantes de 8 de janeiro está sendo debatida no Congresso Nacional, com o presidente da Câmara Federal esposando a lógica e declarando sua descrença nessa potoca de golpe de estado. Irá a votos? O STF continuará além das sandálias e desmanchará uma ANISTIA votada em plenário da Câmara Federal criando uma crise institucional? Mais perguntas.
Bem no dia de hoje, com o derretimento da popularidade do ex-presidiário empossado presidente, uma pesquisa do Instituto Paraná aponta que Lula perderia a eleição para, pelo menos, dois Bolsonaros – Jair e Michelle. Com essa denúncia hoje, parece até que o PGR quer se antecipar e fazer sumir de vez a candidatura do ex-Presidente (só parece, viu?). De todo modo, a pesquisa não se coaduna com a decisão que empurra o processo para uma das turmas do STF comandadas por lulopetistas de carteirinha. Lá eles terão mais uma chance de “vencer o Bolsonarismo” na marra, como se ouviu certa vez em que um ministro soltou uma barrosidade em pleno palco juvenil.
Certo é que os jornalistas pré-pagos (royalties para Hélio Fernandes) não cansarão de repetir a falácia, destrinchada em cinco fantasias jurídicas, criada para perseguir a direita no Brasil. Conforme se avance no rito processual, os próximos dias serão nervosos. Há outros atores na cena e, como se diz no futebol, o jogo só termina quando acaba. Homens e mulheres de bem, democratas, defensores da família, da propriedade, da liberdade e da vida, estejamos atentos ao chamado da democracia contra a tirania.
Valterlucio Bessa Campelo escreve às segundas-feiras no site AC24HORAS e, eventualmente, no site Liberais e Conservadores do jornalista e escritor PERCIVAL PUGGINA, no DIÁRIO DO ACRE, no ACRENEWS, no VOZ DA AMAZÔNIA e em outros sites.