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Valterlucio Campelo

Valterlucio Campelo atualiza sua coluna nesta quarta-feira, 30, relatando as sanções a Alexandre de Moraes: “Segura essa!”

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Valterlucio Bessa Campelo

 

O trecho acima resume, no entendimento do governo americano, as medidas de Alexandre de Moraes que permitem qualificá-lo como violador dos direitos humanos, ao ponto de justificar a sua inclusão em uma lista de ditadores sancionados pela Lei Magnitsky, criada pelo presidente Obama, que de conservador não tem absolutamente nada. Ou seja, não pode ser acusada, como gostariam muitos, de uma alopração da direita para perseguir os “humanistas” da esquerda.

Parece claro que não se trata de ataque à soberania nenhuma como tenta rotular o lulopetismo, aí incluindo a mídia pré-paga, jornalistas, analistas e comentaristas genuflexos diante do poder, prontos à servidão voluntária. A punição que recai sobre o ministro Alexandre de Moraes, decorre de suas decisões extravagantes, seguidamente exorbitantes do direito brasileiro e internacional. Liberdade de expressão é um valor global, a censura é inaceitável, a perseguição judicial, o descumprimento do devido processo legal, o banimento de contas nas redes sociais enfraquece e degrada o estado de direito.

No mundo atual, a adoção de medidas ditatoriais, ainda que iniciais, não passa desapercebida, e um país com a dimensão e importância do Brasil não se brutaliza escudado em decisões judiciais. O governo americano viu e, seja pela suspensão de vistos, pela lei Magnitsky, ou por sanções econômicas, está dizendo em caixa alta que NÃO PERMITIRÁ de braços cruzados, o suicídio ideológico a que o lulopetismo está levando o Brasil. A derrota da direita não se dará com a eliminação jurídica dos adversários, com inquéritos malsãos, iniciados e concluídos eivados de vícios e desobediência ao devido processo legal.

De outra parte, propugna os EUA por eleições livres e justas, o que revela o olhar atento sobre o processo eleitoral recente e ao de 2026. A caçada que fazem atualmente aos adversários do lulopetismo, cujo objetivo é cassar suas candidaturas no nascedouro, bem aos moldes venezuelanos não deixará de ser observada e denunciada globalmente.

Peraí, Valterlucio, os EUA podem fazer isso? Podem, tanto podem que estão fazendo e o ministro sancionado terá que aceitar ou recorrer ao bispo, digo, à justiça americana. Ademais, nesta quarta-feira o presidente Donald Trump decretou também a vigência, a partir do dia 06/08 da tarifa antes anunciada de mais 40% sobre os produtos brasileiros. Atendendo aos interesses dos americanos excluiu vários produtos, entre eles, o suco de laranja, aço, petróleo e aviões, o que alivia alguns setores específicos no Brasil. A partir da próxima quarta-feira, o moedor de empresas e empregos brasileiros será acionado e estaremos em maus lençóis graças a aloprações de fulanos, cumplicidades de beltranos e omissões de cicranos.

E agora? Se houver bom senso, entrará em campo o Congresso Nacional, vota-se a anistia, livra-se todos os manifestantes de 08 de janeiro, acabam-se os arreganhos de censura e o governo Lula estará apto a negociar as tarifas. Conforme a carta do governo americano e os acordos que estão sendo fechados no mundo todo, o caminho estará aberto.

Isso seria capitulação, perda de soberania? Não. Essa historinha de soberania é narrativa governista para criar um sentimento antiamericano e sustentar seu projeto de abandono dos valores liberais ocidentais. Lembremos que em maio de 2017, o Departamento do Tesouro dos EUA sancionou Maikel Moreno, presidente do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, e sete outros membros do TSJ. As sanções foram aplicadas por “usurpar as funções da Assembleia Nacional Venezuelana e permitir que Maduro governasse por decreto”. Que soberania pode ser arguida por um governo que desrespeita os direitos humanos? Onde está a soberania de um país que mantém milhar de presos políticos? Quão soberana é uma nação submetida à ditadura?

Votar a anistia e conter o avanço sobre a liberdade de expressão é pragmatismo e recuperação de funções que ao longo do tempo Câmara e Senado foram deixando o judiciário usurpar. Se a vontade do povo, cujo interlocutor é o parlamento, tivesse valido, nada disso estaria acontecendo. O protagonismo do STF se deu por prostração vergonhosa do parlamento.

Desconfio, entretanto, que o governo brasileiro não cederá. Está gostando. Para o lulopetismo “tá ótimo assim”. Tentará impor essa narrativa porque afinal ela está, pelo menos por enquanto, “dando certo” para seus interesses eleitorais. Porcamente empunhando essa bandeira de “defesa da soberania”, o lulopetismo gostará de levá-la até o próximo ano, ainda que provoque sofrimento à população. Serve, inclusive, parta reforçar o discurso falso-nacionalista e demonizar ainda mais seus adversários. Aguardemos.

Valterlucio Bessa Campelo escreve às segundas-feiras no site AC24HORAS, terças, quintas e sábados no DIÁRIO DO ACRE, quartas, sextas e domingos no ACRENEWS e, eventualmente, no site Liberais e Conservadores do jornalista e escritor PERCIVAL PUGGINA, no VOZ DA AMAZÔNIA e em outros sites.

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