GERAL
Vídeo de acreana que comprou picolé de açaí “recheado” com uma rã bate 1 milhão de visualizações
Evandro Cordeiro
O despropositado vídeo de um picolé de açaí deu dois sustos gigantes na acreana Ana Paula da Silva Souza, 40, dona de uma fazenda no Amazonas. O primeiro foi quando a iguaria congelada, que era consumida pelo marido dela, Jorginei Anjos Batista, 48, apresentou um inesperado recheio de rã, um anfíbio bem conhecido no Brasil que pode até ir pra panela e ser apreciado, jamais cru dentro de um geladinho. O segundo foi o número de visualizações que a filmagem pelo celular ganhou. Em menos de uma semana bateu 1 milhão de views, número que imediatamente chama a atenção das plataformas.
O picolé com uma perereca de “recheio” foi comprado na cidade de Boca do Acre, sede do município do Amazonas de mesmo nome, 221 km distante de Rio Branco, capital do Acre. O casal, dono da Fazenda Redenção, localizada às margens do rio Acre, estava por ali resolvendo negócios e aproveitando a viagem como passeio, até comprar o quitute gelado com objetivo único de aliviar a sede. O comércio que vendeu o inédito produto não teve, nem terá, segundo Ana Paula, seu nome e endereço divulgados. “É que isso pode acontecer com todo mundo. Não posso condenar um comércio pro resto da vida, prejudicar uma família, só pra querer ganhar likes”, justificou.
A rigor, a Ana não é neófita na arte de fazer vídeos bem acessados. Ela tem mostrado nos últimos meses sua rotina na fazenda e muito internauta tem se interessado, talvez pela beleza do lugar e pelos hábitos rurais explorados pela “infleuncer”. Muita gente tem apreciado, mas não nas proporções desse último, que de fato assustou ela e a família.
Ana Paula nasceu em Rio Branco e casou-se com o empresário Jorginei, que trabalha com pescado e madeira. Combinados, acabaram deixando a cidade ao adquirir a primeira fazenda, para tentar se adaptar a vida no campo. Foi sucesso imediato. “Adorei a vida no campo, de onde veio toda a minha família”, diz ela. Ficaram, tiveram filhos e os negócios bem sucedidos.
Propósito de virar digital infleuncer ou ter seus vídeos viralisados, segundo ela nunca existiu. Primeiro, diz, a rotina é pesada no campo. Não anda sobrando tempo assim para estar com a câmera do celular liagada dia e noite. Ela ajuda o marido a administrar os negócios. Segundo, o marido não aprecia muito a exposição que isso gera. Pode atrair coisa boa, mas pode acontecer o contrário também, no entender dele.
Mesmo assim, a família está curtindo a fama. O vídeo foi visto por gente do Brasil todo e pode resultar na ida dela para programas nacionais de televisão. A Rede Record demonstrou interesse e a negociação está em andamento. Em Manaus, Ana Paula já está famosa. Apareceu nos programas mais assistidos da capital amazonense. Quem sabe assim os Souza e Batista mudam de ideia é, além de criar gado, decidem virar, também, ’empresários’ virtuais.