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Video | Motoboy é vítima de racismo, injúria racial em Rio Branco: “Quadrilha de nego maldito (…) bando de macaco”
Da redação do AcreNews
O motoboy Alessandro Monteiro, 26 anos, foi vítima hoje (07) de racismo em pleno local de trabalho. Segundo a vítima, ele estava aguardando passageiros quando uma mulher teria saído de uma loja reclamando e pediu para não se aproximasse da sua mãe.
“Ela começou a me xingar aleatoriamente, me chamando de negro e mandando eu sair de perto da mãe dela”, conta.
Após o episódio o clima esquentou no estacionamento de uma drogaria localizada no bairro Floresta em Rio Branco. Em determinado momento, o trabalhador pega o celular e filma a ação criminosa. A mulher visivelmente descontrolada profere palavras racistas.
“Vai pro inferno bando de macaco, filho da puta, filma corno, mostra que tu é um preguiçoso, baitola. Quadrilha de nego maldita, filma ,filho de puta”, dispara.
O rapaz de posse das provas presta neste exato momento queixa na polícia. A mulher não foi identificada por nossa redação. Vamos continuar acompanhando o caso.
RACISMO É CRIME
O crime de injúria racial está inserido no capítulo dos crimes contra a honra, previsto no parágrafo 3º do artigo 140 do Código Penal, que prevê uma forma qualificada para o crime de injúria, na qual a pena é maior e não se confunde com o crime de racismo, previsto na Lei 7716/1989. Para sua caracterização é necessário que haja ofensa à dignidade de alguém, com base em elementos referentes à sua raça, cor, etnia, religião, idade ou deficiência. Nesta hipótese, a pena pode ir de 1 a 3 anos de reclusão.
Após alguns debates palacianos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, há poucos dias, a lei que equipara a injúria racial ao crime de racismo. A pena para o crime foi aumentada para dois a cinco anos de reclusão, e pode ser dobrada se for cometida por duas ou mais pessoas.