“Vou disputar a eleição, mas nem por isso quero polemizar com ninguém”, diz Davi Friale sobre críticas que recebe

Evandro Cordeiro

O meteorologista Davi Friale é um profissional como outro qualquer. Fez faculdade para ganhar a vida como qualquer outro, mas acabou se metendo em polêmicas no Acre, onde mora, ao virar fonte da imprensa sobre previsão do tempo. É conhecido e admirado por uma incontável multidão, mas tem seus contras, que as vezes são duros até, alguns profissionais do ramo dele. Chegou a ser questionado até sobre sua formação. Não reagiu. “Sou o que sou e pronto”, diz o ‘mago’ do tempo. E nem vai reagir nunca aos críticos, mesmo agora, que decidiu disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa.

Davi Friale Setúbal, de 58 anos, descendente de portugueses, é pernambucano e está no Acre há quase duas décadas. Ganhou notoriedade aqui muito mais pelas previsões do tempo do que por sua própria história prodigiosa como aluno precoce que foi, ao entrar para a faculdade com 14 anos, na Paraíba. “Ninguém procura saber quem sou, mas facilmente levantam suas críticas, o que também não me incomoda”, diz ele com sua voz fanha e seu estilo imaterialista.  Diz apenas que previsão sempre será previsão. Pode acontecer, mas pode também não acontecer. Friale há muito acerta na maioria das vezes.

Ao anunciar sua pré-candidatura a deputado estadual pelo PMN, ele espera as críticas. “Se me criticam por previsões, imagina por eu entrar para a política”, se antecipa o ‘mago’. Friale diz que não vai responder a ninguém. Deixará, ao invés disso, sempre que puder, sua mensagem de que poderá prevê coisa melhor que tempo ruim no meio político. Vai fazer uma campanha franciscana e não é por caso. “Pensei tudo antes de lançar meu nome. Não tenho dinheiro e se tivesse não gastaria em campanha. Prefiro que as pessoas né escolham pelo que posso ser útil. Não é à toa que escolhi o PMN, um partido pobre que nem fundão tem”, explica.

Tempo bom à vista na política.