ESPORTE
Weverton, o representante do Acre no Mundial
Ao longo da história não são poucos os jogadores acreanos que ultrapassaram as fronteiras do estado para brilhar em outras paragens, seja do Brasil ou do mundo. Garotos que com a bola nos pés (ou nas mãos) mostraram que talentos podem brotar em qualquer lugar e a qualquer hora.
Enquanto escrevo vou lembrando de alguns desses virtuoses e, assim, passo a citá-los conforme eles surgem no espaço entre as minhas orelhas. Casos de Rodrigo Galo, Rei Artur, Adriano Louzada, Testinha, Papelim, Mariceudo, Neto Pessoa, Polaco, Careca, Alcione, Zé Augusto e Dadão.
Os quatro primeiros, inclusive, desfilaram a sua bola com a maior competência nos gramados europeus. Todos eles jogaram em clubes de Portugal, sendo que o lateral-direito Rodrigo Galo, filho do Tonho do Almada, passou também algumas temporadas jogando entre os gregos.
Nenhum deles, porém, apesar do seu espetacular desempenho, foi tão longe na carreira quanto o goleiro Weverton Pereira da Silva, representante das criaturas nascidas no espaço geográfico do Acre no atual Mundial de Clubes da Fifa, ora sendo disputado nos Estados Unidos da América.
Atacante de origem, quando dos primeiros passos no mundo da bola, Weverton um dia, numa emergência, foi jogar no gol. E o que era uma improvisação virou profissão e arte. Depois da primeira experiência sob as traves na Escolinha do Teles, em Rio Branco, ele jamais voltou ao ataque.
A possibilidade, entretanto, de galgar os degraus do estrelato só surgiu depois que ele disputou uma Copa São Paulo de Futebol Júnior pelo Juventus-AC. O goleirão jogou tanto que despertou a atenção do Corinthians paulista. E aí, ele trocou o calor da Amazônia pela fina garoa do sudeste.
Ressalte-se que a ascensão ao primeiro nível do futebol brasileiro não foi nada fácil. É que depois da base do Corinthians, sem espaço no time principal, ele passou a rodar por várias regiões do país, jogando, entre outros, por Remo-PA, América-RN, Oeste-SP, Botafogo-SP e Portuguesa-SP.
Até que em 2012 ele foi convidado para vestir a camisa do Atlético Paranaense. Clube esse que serviu como vitrine maior e que o levou a chamar a atenção do poderoso Palmeiras-SP, com o qual ele assinou contrato em 2018, transformando-se no paredão agora conhecido em escala planetária.
Oito anos depois, Weverton, o legítimo representante acreano no primeiro Mundial de Clubes da Fifa (repetindo o que eu já disse lá no quarto parágrafo), é o quinto goleiro que mais atuou com a camisa do Palmeiras. Também disputou uma Copa do Mundo e foi campeão Olímpico! Só isso!