RAIMUNDO FERREIRA
Professor Raimundo Ferreira escreve neste domingo sobre a “Tragédia da enchente no Acre”
TRAGÉDIA DA ENCHENTE NO ACRE
Apesar de estar no momento fora do Acre, mas conheço de cor e salteado, não só os percalços e coisas boas dessa terra, mas também o regime de enchente, vazante e seca do maior manancial, o Rio Acre. Conforme estamos acompanhando pelas notícias através da imprensa oficial e das redes sociais, a situação dos habitantes que residem nas terras baixas, onde a enchente pode alcançar está crítica, pois, nos últimos cinco dias, a marcação do nível das águas, que transborda a partir dos 14m, já atingiu 18 metros nesse dia 03/02. As comparações com outras enchentes passadas dão conta de que, se esta não é a maior, mas está entre as maiores já ocorridas no Acre. Esta situação, que vem se repetindo ao longo dos tempos, antes com intervalos mais longos e agora com maior frequência, na verdade, são enconodos, sofrimentos e prejuízos que já poderiam, ou deveria ter sido acomodados e amenizados em parte os efeitos dessa tragédia, que agora vem acontecendo praticamente todo ano, pois, já se pode prever que nessa época da intensidade das chuvas, os igarapés vão transbordar, despejar as águas no Rio Acre, que este também está cheio, e o resultado não poderá ser outro, ou seja, as águas vão invadir as várzeas e certamente atingir os moradores e as plantações de subsistência que estão situados nestas terras mais baixas. Sabemos que o problema não é de fácil solução, no entanto, as providências para que a tragédia pudesse ter sido amenizada ano após ano, já deveriam e/ou poderiam ter sido tomadas. Aguardemos que não aconteça o pior esse ano e que para o próximo, algo possa acontecer para minorar o problema.