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Caso Marielle: Roberto Duarte pede vista sobre prisão de Brazão e atrasa processo de cassação
Por Wanglézio Braga
Enquanto a Câmara dos Deputados realizava uma sessão solene, nesta terça-feira (26), para lembrar os seis anos do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do seu motorista, Anderson Gomes, a Comissão a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) analisava um pedido da manutenção da prisão preventiva do deputado Chiquinho Brazão (sem partido, RJ). Porém, alguns deputados pediram vista sobre a prisão, ‘atrapalhando’ de vez o processo de cassação.
Chiquinho Brazão está preso desde o último domingo (24), assim como o irmão Domingos Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante a sessão na CCJ, o deputado do Acre, Roberto Duarte (Republicanos) pegou carona no pedido de vista do processo que agora deve ficar para depois de 9 de abril, atrasando de vez o pedido de cassação do deputado recém-expulso do União Brasil. “Trata-se de um crime hediondo, o que nós repudiamos. Agora, não entendo por que do afogadilho de, neste primeiro momento, querer justificar uma votação imediata sem se fazer uma análise da prisão preventiva”, justificou.
O pedido de vista foi criticado veementemente por parlamentares que defenderam a análise imediata do caso. “Porque saindo da CCJ, a manutenção da prisão tem que ir ao Plenário. E o Brasil espera que um deputado investigado, aliás, preso por ser mandante do assassinato, de uma vereadora negra, assassinada, que há seis anos espera por justiça, seja votado hoje (…) Atrasar a votação da prisão do Chiquinho e, ao mesmo tempo, atrasar a votação da cassação dele, significa passar pano para miliciano e dar salvo conduto para que esses que não existem sem os tentáculos do Estado sigam tentando se defender”, completou.