EVANDRO CORDEIRO
COLUNA DO EVANDRO | Volta das coligações: deputados federais salvam políticos com mandatos e que não tinham partido
A Câmara Federal, que jamais legisla para ferrar a si própria, mesmo que a proposta agrade ao povo, acaba de salvar tudo o quanto é gente que tem mandato. Aprovou com folga o texto base da PEC que devolve a possibilidade de coligações nas eleições. A bancada do Acre se dividiu. Trocando em miúdos: para as eleições de 2022 estarão de volta aquelas coligações híbridas, jacaré com cobra d’água.
2020 foi só teste
Em 2020, como a disputa era para prefeito e vereador, a Câmara Federal aproveitou para usar o pleito como cobaia. Perceberam o deus-nos-acuda que foi. Temendo por suas reeleições, uma vez que sem as coligações é duro formar uma chapa, principalmente para Federal, o Congresso Nacional resolveu a situação.
Importantes de novo
Partidos pequenos, também chamados de nanicos, haviam sido bombardeados pela regra criada para as eleições de 2020. Com a volta das coligações, eles voltam à lume. Já tem gente hoje rodando pelos corredores da Assembleia Legislativa com pasta debaixo do braço. Maioria é “dono” de partido.
Logo tu, Edivaldo!
O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) se manifestou ao blog do meu colega Luís Carlos Moreira Jorge contra a criação de uma sala, na Aleac, para abrigar a equipe política do Governo Gladson, coordenada pelo ex-vereador e ex-secretário de Saúde, Alysson Bestene. Logo o Edvaldo, que na época da Frente Popular dispunha quase todas as salas para os articuladores do Palácio.
Esperando Petecão
Se até final do ano o senador Sérgio Petecão (PSD) não decolar para o Governo, Jorge Viana (PT) disputa o Senado. A visão dos petistas é a seguinte: se Petecão crescer ele tira votos de Gladson, facilitando a eleição de Viana.
Conta errada
Estão fazendo as contas erradas quando compraram a pesquisa do Big Data feita no início da campanha para prefeito, em 2020. Bocalom, por tudo o que aconteceu nos bastidores, foi o último a entrar em campo. Quando ele entrou, todo analista de boteco já sabia que ele ganharia a eleição.
Saudade dos cargos
Alguns ex-cargos comissionados, ex-secretários e políticos que perderam o mandato é que estão apertando Jorge Viana para que dispute o Governo. Não adiantará. Mão fechada, muquirana famoso, Jorge sabe que precisa de muita estrutura para disputar um Governo, e a esquerda não tem mais sem o poder. Ele tentou ganhar no queixo para o Senado em 2018 e o teste foi terrível.
Emprego e renda
Com as obras pequenas dirigidas para as pequenas empresas da construção civil, por meio de PEC já publicada no Diário Oficial pelo governador Gladson Cameli (Progressistas), em breve ocorrerá aquecimento forte da economia no Acre, uma vez que a construção é um setor de muito emprego.
Barba de molho
Depois da pesquisa, mesmo recebida com muita zoação na casa amarela, pelo sim, pelo não, o senador Sérgio Petecão partiu para as ruas. Saiu cumprimentando do picolezeiro ao engraxate. E o Dudu postando tudo na página dele no Facebook.
Pichação
Se fez certo ao oferecer recompensa para quem achar o cara que pichou uma obra sua, não parei para pensar, mas em alguma coisa o empresário Jarbas Soster, da Pedra Norte, tem razão: as empresas dele nunca fizeram serviço malfeito no Acre.
Fake
Tem candidatura a governador que é fake news de longe. Uma destas, a do vereador Emerson Jarude (MDB). Outra bobagem é achar que o deputado federal Flaviano Melo teria interesse em ser candidato a vice-governador, mesmo que seja de Gladson Cameli.
Notícia na rede
Mas há que respeitar as opiniões das redes sociais, um espaço ainda muito novo que não aprendemos a usar. Demos esse desconto. Mas o que tem de notícia fake e conjectura furada, sem fundamento, na rede mundial, é uma festa, como diria o radialista M Costa.
Voto auditável
A esquerda pensa que enterrou a história do voto impresso auditável. No próximo dia 7 vai ter um movimento em Brasília que promete.
Coisa de analista
Um analista amigo me disse desse jeito: Jorge Viana é lembrado como um bom governador por 39% das pessoas, mas nada mais que 6% querem a volta dele, segundo a espontânea. Ou seja: o acreano não quer mais aquela turma que ficou 20 anos se alimentando do Estado.
Fora do Cidadania
David Hall apareceu com 1% na pesquisa para governador apenas um dia antes de ser convidado a deixar seu partido, o Cidadania.
Sem fé
“Não boto fé mais nisso, meu irmão”. Do primeiro suplente de deputado do PDT, Gemil Júnior, que espera há um ano seja cumprido um acordo com o único deputado do partido, Luiz Tchê, para que ele assuma alguns meses. Está sem fé. E olhe que Gemil é crente fervoroso.
Pitacos de longe
Dois ex-deputados estaduais estão morando longe do Acre, mas não deixam de dar pitacos sobre a política local: Luiz Garcia e Armando Salvatierra. O primeiro mora em Manaus e esse último em Curitiba.
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