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Política & Economia

“A pipa do Alan Rick pegou vento”, escreve nesta quarta-feira, 30, nosso artículista Valterlucio Bessa Campelo

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Observando os dados da nova pesquisa, da Delta, divulgada por um site de notícias local (ver AQUI), resolvi meter o bedelho de novo na política local. Para mim eles são reveladores e guardam coerentes com a percepção que temos naturalmente no dia a dia. Sim, como venho dizendo há mais de um ano, a pipa do Alan Rick pegou vento e, mantidas as “condições naturais de temperatura e pressão” tende a se consolidar no primeiro lugar independentemente dos adversários que se apresentem.

Tem mais. Alan Rick poderá puxar e eleger a Mara Rocha ao senado. Basta que os votos sejam casados para ela disputar cabeça a cabeça a segunda vaga com os outros candidatos (supondo que Gladson seja candidato). Contando com a credibilidade da pesquisa (não há elementos para duvidar), é bem possível que seus resultados nas pesquisas sejam apresentados aos dirigentes nacionais do Progressistas/União Brasil – PP/UB com as seguintes perguntas: Devo renunciar à minha candidatura? Qual de vocês, em meu lugar, faria esse gesto? Alan Rick está naquela posição de ver o cavalo passando arreado, dificilmente ele terá no futuro uma conjuntura tão favorável.

Muito provavelmente, o PP/UB seguirá a decisão atual – Mailza Assis é a candidata e estamos conversados. Apresentará outros dados de pesquisa e manterá a vice-governadora segurando o estandarte. Muitos dirão que eleição se ganha é na disputa, que a força da máquina é muito grande, que haverá muitos recursos, que a maioria dos prefeitos estarão no palanque, que o Bolsonaro apoiará essa chapa, que Gladson ganhou a eleição para prefeito e pode ganhar essa também, que Alan Rick estará isolado… enfim, forçarão a saída do senador do UB, assim como ocorreu com Bocalom recentemente. Certamente Alan Rick já trabalha com essa hipótese e tem pronta uma ficha de filiação a outro partido. O NOVO e o Republicanos são os mais prováveis.

O gesto recente de aproximação entre ele e Petecão dá uma pista. Se der liga, o senador em campanha, mesmo em condições de certo modo fragilizadas pela polarização, poderá soprar a pipa do Alan e fazer com a Mara Rocha a dobrada adversária de Gladson-Marcio. Jorge Viana, sem candidato viável ao governo ficaria isolado. Aguardemos.

É claro que ainda há muita água para correr por baixo dessa ponte, muitos fatos poderão alterar o cenário atual, a agenda política nacional pode mudar muita coisa. Essa rapidíssima análise decorre dos dados apurados em pesquisa durante a última semana, ou seja, um ano antes do desenvolvimento mesmo do processo eleitoral.

Um dado interessante que se extrai dos números é que, mais uma vez, a esquerda se mostra desmilinguida quando apresenta suas candidaturas. Kamai tem preferência quase nula, ao ponto de comemorar que apareceu(?) com 1%. A esquerda tem esse tamanho no Acre? Claro que não. Vejam os números de Lula, Jorge Viana e Marcus Alexandre e termos algo em torno de 25% sedimentados. É que a esquerda no Acre segue envergonhada, sem projeto e sem novos intérpretes, já que os figurões resolveram se refestelar nos cargos do Lula e gozar a boa vida em Brasília, então, ela se dilui em outros partidos, especialmente no MDB, depois que o Marcus Alexandre aderiu ao glorioso. Pelo andar da carruagem, com escândalos de corrupção e incompetência grassando no governo federal, em 2026 o Lula será uma canga bem difícil de carregar.

E o Bocalom? Não é segredo que ele dorme de botinas, aguardando a poeira baixar no deserto para cair em campo. Imagine-se que lá pelas tantas, sem conseguir construir a viabilidade eleitoral da correta Mailza Assis, alguém grita por um “Tertius”. Seguramente, como já declarou, ele estará de prontidão para o desafio. A seu favor, a vitória recente, os vínculos com a direita, e um bom patamar de partida. De quebra, o PP ganharia a prefeitura da capital. É aguardar.

Por enquanto, esse parece ser o desenho para os próximos meses, com cada um em suas legítimas pretensões, tentando atrair o eleitorado. O fato que poderá determinar uma alteração bastante importante seria uma improvável, mas não impossível condenação do governador Gladson, que o afastasse do jogo eleitoral. Certamente o governo Lula e seus aliados no STF estão forçando de tudo quanto é lado, para que Jorge Viana não precise enfrentar o Gladson e ganhe mais viabilidade para uma das duas vagas, o que seria preciosíssimo para o STF que, curiosamente, é quem mais está de olho nas próximas eleições para o senado.

Valterlucio Bessa Campelo escreve às segundas-feiras no site AC24HORAS, terças, quintas e sábados no  DIÁRIO DO ACRE, quartas, sextas e domingos no ACRENEWS e, eventualmente, no site Liberais e Conservadores do jornalista e escritor PERCIVAL PUGGINA, no VOZ DA AMAZÔNIA e em outros sites.

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