POLÍCIA
“Justiceira” de organização criminosa será julgada em sessão híbrida a partir de presídio de São Paulo
A sessão será no plenário da 1ª Vara do Tribunal, em Rio Branco, onde estarão presentes a juíza, o promotor, o corpo de jurados, parte das testemunhas e os servidores. Rita Rocha do Nascimento participará do julgamento a partir de um presídio em São Paulo. O júri será realizado nesta quinta-feira, 8, no Fórum Criminal da cidade.
Rita Rocha do Nascimento, apontada como uma das “Justiceiras” de uma organização criminosa, foi denunciada pelo assassinato da jovem Késia Nascimento da Silva. O crime ocorreu em janeiro de 2020 após a vítima ser sequestrada de casa, na região do Calafate, e levada para um cativeiro no Taquari. No local, Késia foi julgada e sentenciada à pena de morte pelo “Tribunal do Crime”.
Consta na denúncia do Ministério Público do Acre que Rita Rocha e Veralúcia Marques Coura acompanharam toda a execução por meio de videochamada diretamente de São Paulo. Depois de ser assassinada, Késia Nascimento teve o corpo esquartejado e jogado no Rio Acre.
A participação no crime das duas “Justiceiras” foi descoberta a partir de escutas telefônicas da Polícia Civil de São Paulo. Os agentes, com autorização judicial, monitoravam integrantes de uma organização criminosa quando teriam flagrado as conversas de Rita Rocha e Veralúcia Marques Cura.
De acordo com o inquérito, foram as duas mulheres que decretaram a sentença de morte da vítima. Veralúcia Marques foi pronunciada para ir a júri popular, mas recorreu da sentença e teve o processo desmembrado. Outros seis réus já foram condenados em júri popular.
São eles: José Natanael Aquino, condenado a 27 anos, 9 meses e 10 dias; Camila Cristine de Souza, condenada a 32 anos, 9 meses e 10 dias; Ana Lúcia Barros, condenada a 27 anos, 9 meses e 10 dias; Thalysson Jesus da Silva, Moisés Inácio da Silva e João Vitor da Cunha foram condenados, cada um, a 30 anos, 4 meses e 10 dias de prisão.
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