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ARTIGO

CRÔNICA | Pane no voo 3773 prende no mesmo avião Gladson, Jorge, Alan Rick e Flaviano

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Por João Maurício

Prezado Evandro, já que você publicou a foto de minha autoria e reclama da falta de maiores informações, aqui vai. A pauta jornalística ou a motivação das fotografias que fiz no voo LA 3773 da TAM era está acima descrita que ocorreu no começo da madrugada de 5 de outubro passado. 

A intenção era faturar com um freelancer, mas o estresse da viagem logo me fez desistir. Além do que o jornalista Altino Machado, como você disse, “deu o show” antecipadamente, angariando mais de três mil leitores que não deixaram lá o seu registro com um “curti”, mas que visualizaram a notícia, a que mais interessava ao gosto do Altino, de esculhambar Jorge Viana, ex-governador e ex-senador, a quem chama de ex-tudo como forma de cutucar a ferida.

O avião deveria levantar voo à 1h35 com destino a Brasília, mas começou a atrasar já na hora de iniciar o embarque às 00h55.  O voo sairia lotado, com quase uma hora de atraso, às 2h28 quando o comandante anunciou que iniciaria os procedimentos de decolagem. Ficamos quase uma hora retidos no solo esperando que os mecânicos regulassem a pressão dos pneus, pelo que pude entender da explicação dada por algum comissário ou piloto.

Um dia antes, o Altino havia publicado em sua página no Facebook um texto sobre a precariedade do transporte aéreo oferecido para o Acre pelas duas únicas empresas que nos atendem. Agora estava ali em carne e osso o próprio governador do Estado sendo afetado pela bagunça. No mesmo voo os deputados federais Flaviano Melo e Alan Rick, futuro senador, e o ex-governador Jorge Viana.  Protagonistas da última eleição reunidos em um voo apenas dois dias após a abertura das urnas.

Jornalista velho e aposentado logo vi uma oportunidade de faturar com um freelancer, ouvindo se as autoridades tinham algo a declarar sobre tamanho atraso, que me fez perder a conexão para São Paulo e passar mais duas horas em Brasília arrastando uma mala de 22,9 quilos de farinha, jambu congelado, tucupi e polpas de frutas.

Jorge Viana estava sentado na poltrona 8F, janela, e eu logo atrás, na 9D, corredor, que também é uma ala prêmio, porém econômica, onde pagamos 40 reais apenas por poder escolher a poltrona. Jorge me disse que sempre sentou naquela ala, mas estava claro que evitou sentar junto com seus adversários nas três primeiras filas com espaço maior, que custam 90 reais além do valor da passagem e da bagagem despachada.  Eu também faria o mesmo e diria ao eleitorado que preferia sentar com o povo, mas o Jorge tinha mais com o que se preocupar e ficou de boa, na dele.

Eu jamais perderia a oportunidade de fotografar Jorge Viana, o homem que é uma lenda na política acreana, em quem eu votei e por quem eu votei em outros candidatos que ele lançou quando a Frente Popular predominava. Votei sem receber compensação por cargos, contratos ou vantagens de quaisquer tipos. E ainda hei de votar.  Mas, me arrependi de fazer a foto e de a enviar para o Altino.

Porém, o real objetivo era usar a foto para ilustrar uma reportagem sobre a bagunça da Latam e seu desprezo pelos passageiros que incluía o primeiro escalão da política acreana. Tanto que, contrariando os comissários de bordo, fui até a frente da ala premium e fotografei Flaviano tendo aos fundos Gladson ao lado de uma mulher que não identifiquei. Flaviano dormia e não pude entrevistar, Gladson repetiu o que o comandante dissera – “é um problema no pneu, né?”.

Eu esperava que ele dissesse algo sobre a precariedade do serviço da Latam e da Gol, mas dei por encerrada a entrevista, até porque era inconveniente naquelas alturas se aproveitar do incidente. Alan Rick também estava dormindo e deixei pra pegar a entrevista com ele e com Jorge em ocasião mais adequada. Flaviano, que é futuro ex-deputado, talvez também queira falar.

Quanto à publicação do Altino, ele já me concedeu o direito de resposta e avisou para não mandar mais fotografias sem antes comunicar se pode ou não publicar. É como se eu soubesse que estava enviando TNT para um incendiário, pois esta é a sua natureza. Mas, alguns dias antes ele me dissera que nunca publica suas conversas no privado sem antes consultar a fonte. A prova de minha real intenção com as fotografias está em uma mensagem enviada a um respeitado editor acreano.

João Maurício Rosa

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