Acre registra explosão de novos casos de dengue com sorologia positiva

Acre fecha o mês de fevereiro com uma explosão de novos casos de dengue no interior do estado, enquanto no mês de janeiro deste ano foram 372 novos casos de dengue, mas no mesmo período do ano passado contabilizava com apenas 440 casos com sorologia positiva, o que apontava para uma redução de 15,5% dos casos.

Os municípios com os maiores indicadores desta vez foram: Cruzeiro do Sul (185 casos), Assis Brasil (166 casos), Tarauacá (144 casos), Bujari (97 casos), Brasileia (88 casos) e Porto Walter (43 casos). A capital acreana já contabilizou 265 casos, o motivo de precaução dos órgãos de vigilância epidemiológica. Os municípios de Plácido de Castro e Xapuri, com quatro casos; Capixaba um caso; Jordão e Santa Rosa do Purus sem nenhum caso.

Em 2022, foram registrados 13.274 casos de dengue no estado, mas a capital despontava com a marca de 5.370 casos positivos, seguido de Tarauacá que fechou com 3.271 casos, enquanto no ano anterior (2021) foram contabilizados quase 12 mil casos com sorologia positiva no estado, com dois casos hemorrágicos, 47 casos com complicações clínicas e o restante dos casos sem complicações.

O município de Xapuri despontava com 880 casos positivos, seguido de Cruzeiro do Sul chegava naquela ocasião com 688 casos. Sempre nesta época invernosa a população acreana deve redobrar os cuidados em casa para evitar o risco de proliferação do mosquito Aedes aegypti, principalmente nos bairros da capital acreana.

Apesar do esforço das equipes de endemias da Semsa nos bairros para instalação de armadilhas de captura das fêmeas do mosquito Aedys aegypti, responsável pela transmissão da dengue, zika vírus e a chikingunya. Além do uso de inseticida Espinisade nas caixas d’águas para eliminar o mosquito Aedys aegypt na fase inicial da larva continua aumentado os casos com sorologia positiva, inclusive um caso de dengue hemorrágica.

Prevenção Em 2021, o município de Cruzeiro do Sul (no Vale do Juruá) registrou três morte por dengue hemorrágico, mas em duas semanas já tinha notificado 496 notificações de dengue no estado, a morte da estudante Abigail Campos, um caso com complicações clínicas, segundo declaração do coordenador da Vigilância Epidemiológica Municipal de Cruzeiro do Sul, Nicolau Abdala. O sorotipo que circulava naquela ocasião no Vale do Juruá era o DEN-2 (considerado mais virulento), enquanto em Rio Branco o sorotipo DEN-1. As amostras que chegaram do Instituto Evandro Chagas apontaram para os dois sorotipos circulantes no estado.

A recomendação das autoridades de manter as caixas d’água, tonéis, bacias e barris que acumulam água para o consumo doméstico, bem fechados; Não deixar água acumulada sobre a laje ou corredores no entorno da residência; Deixar as garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo no quintal para evitar acumulo de água de chuva; Guardar pneus usados, em locais cobertos; Fazer a manutenção de piscinas, tampar ralos, colocar areia nos cacos de vidro de muros ou cimento e não deixar água acumulada em folhas secas e tampinhas de garrafas; os vasos sanitários externos devem ser tampados e verificados semanalmente, inclusive lonas para cobrir materiais de construção devem estar sempre bem esticadas para evitar acumular a água da chuva; recolher os sacos plásticos e remover o lixo do quintal. [Cesar Negreiros/A Tribuna]