COLUNA DO EVANDRO — Ricardo Araújo deve assumir o Dnit com as bênçãos de Petecão e Jorge e admite estar ciente da batata quente

O engenheiro civil Ricardo Araújo, ex-vereador em Rio Branco pelo PT, deve assumir o Dnit com as bênçãos do senador Sérgio Petecão (PT) e do ex-senador Jorge Viana (PT). Foi combinado inclusive com a direção do partido no Acre, segundo seu presidente, Cesário Campelo Braga. Ele ainda não foi nomeado, razão pela qual arrozoou a manhã toda para responder minha entrevista. Decidido, disse estar ciente do pepino que tem para descascar, que é recuperar as duas BRs que cruzam o Acre, a 364 e a 317, ambas em estado crítico. Filho do primeiro governador eleito no Acre em 1962, o saudoso José Augusto Araújo de Farias, e da ex-deputada federal Maria Lúcia, Ricardo tem uma bagagem imensa, não se sabe se suficiente para o tamanho do desafio.
Veja as respostas dele:

Coluna – Qual tamanho do desafio de assumir o Dnit, em razão da responsabilidade que o órgão tem com dois problemas dentro do Acre, as BRs 364 e 317?

Ricardo Araújo – O tamanho do desafio é enorme. Sei que não é fácil, pois os problemas são muitos. E falta matéria prima, há problema com empresas e muito tempo sem restauração. O quadro do Denit é muito bom e é com estes que eu conto para fazer um bom trabalho.

Coluna – Você tem ciência que, se não resolver o problema das estradas federais, sua batata estará assada, sobretudo do ponto de vista político?

Ricardo Araújo – Sim, eu tenho ciência da dificuldade. Sei que os desafios são grandes e eu espero contar com a ajuda de todos para que a gente possa estar contribuindo para que essa população seja bem atendida, principalmente as pessoas que estão lá no final da estrada, no meio ali, naquela situação toda de transporte, da dificuldade e o tempo hoje que é tão escasso, a gente perder muito tempo atravessar uma cidade levando material. Então eu acho que essa é a grande preocupação. Quero contribuir com pouco de experiência que a gente tem, que a gente já conhece a estrada, sabendo que a gente pode tentar contribuir e melhorar para com que a que a população seja bem atendido. Eu acho que isso é o grande intuito, né? E se for nomeado, essa é minha contribuição: ajudar a população do nosso estado que precisa da gente. São pessoas que estão lá no interior, são empresários, são comerciantes e a população que tá toda no meio, passa a dificuldade com pressa. Então acho que isso é o grande intuito, é tentar melhorar. Eu acho que nesse momento eu só penso assim, né? Sei que as dificuldades vão ser grandes. Eu tenho ciência aqui.

Coluna – Quando você aceitou, o que veio na cabeça? Qual a primeira atitude a ser tomada em relação às duas BRs dentro do Acre?

Ricardo Araújo – Olha, eu não fui nomeado, fui convidado, né? A gente tem um convite e meu nome estar sendo analisado, mas eu já trabalhei nisso, já trabalhei logo no começo da minha profissão. Eu trabalhei em um trecho pequeno da BR-364, sentido Rondônia. Trabalhei lá no então DNER, era um escritório subordinado a superintendência de Manaus. Eu conheço já as dificuldades, mas eu acho que o mais importante aí é somar lá, como eu já falei antes, é somar com as pessoas. E eu tenho como intuito maior as BRs, principalmente a 364, no sentido para Cruzeiro do Sul, onde a escassez de material é muito grande, as dificuldades são muito maiores. A 317 também, que tem problemas pontuais, né, mas que a gente precisa dar atenção, principalmente no trecho de Brasileia a Assis Brasil, essa os pontos de onde a gente vai ter que ter tomar esse ter um carinho maior, mas principalmente a estrada para o Vale do Juruá, onde as dificuldades são bem maiores e a escassez de materiais. Por exemplo, lá na BR-317 nós temos materiais de melhor qualidade, então é uma estrada que você oferece uma oferta maior de materiais, né? Já para Cruzeiro do Sul, nós não temos esses materiais. É uma dificuldade muito grande, a base é de material de baixa resistência, a tabatinga, né? Então eu vejo que as dificuldades são bem maiores para para Cruzeiro. Então eu penso que a gente tem um trabalho muito grande, mas eu acho que todos em prol, eu acho, e preciso me unir a todos para que a gente possa tá dando um melhor conforto a nossa população que merece todo esse carinho.