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Família de Marroquino que mora em Rio Branco escapa de terremoto em Marrakech
A família do Marroquino Adil Jouiri, 41, que mora em Rio Branco desde 2020, escapou do terremoto que vitimou mais de 2,6 mil pessoas, segundo atualização feita pela imprensa internacional na manhã desta terça-feira, 12. Eles moram em Marrakech, nas montanhas ao redor da qual houve grande mortandade. Em uma aldeia nas montanhas a 70km da casa dos Jouiri morreram centenas de pessoas. “Escaparam todos lá em casa”, diz ele, aliviado, ao Acrenews.
Adil Jouiri mora em Rio Branco desde que se mudou para cá com a esposa Vera, acreana com quem se casou depois de conhecer pela Internet. Em Marrakech ficaram a mãe, Zahara Louza, e as irmãs Fátima Jouiri, Aziza Jouiri, Laila Jouiri e Dounia Jouiri. Preocupado com a família, Adil está em contato direto com elas desde sábado, 9, pela manhã, horas depois do terremoto. “Família toda em paz. Pena que pessoas de perto morreram, nas montanhas a 70km lá de casa”, afirmou.
Segundo atualização feita pela CNN na manhã desta terça-feira, pelo menos 2.681 pessoas morreram no terremoto que atingiu Marrocos na sexta-feira (8) e 2.501 ficaram feridas, informou a emissora estatal 2M.
As equipes de resgate ainda estão vasculhando os escombros e tentando chegar a comunidades isoladas após o terremoto devastador que matou milhares de pessoas.
O pior impacto ocorreu na província de Al Haouz, onde morreram quase 1.500 pessoas. A região, como muitos outros locais gravemente afetados, fica ao sul de Marrocos, no sopé da Cordilheiras do Atlas, e inclui aldeias e povoações remotas que têm sido de difícil acesso para as equipas de resgate.
Testemunhas oculares disseram que algumas cidades estão completamente destruídas, com quase todas as casas numa área da aldeia de Asni danificadas.
Com magnitude de 6,8, o terremoto que partiu das montanhas do Alto Atlas, no Marrocos, na noite de sexta, foi o mais forte já registrado para a região em pelo menos 120 anos, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos.