ACRE
Participação dos povos indígenas em projetos REDD+ é debatido por gestores
Na programação da Semana do Clima 2023 (Climate Week), realizada em Nova York (EUA), o presidente do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais do Acre (IMC), Leonardo Carvalho, e a secretária extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi), Francisca Arara, foram convidados a participar do painel “Participação efetiva dos povos indígenas e comunidades locais em projetos de REDD+ Jurisdicional”.
O evento, promovido pelo Fundo de Defesa Ambiental (Environmental Defense Fund – EDF, sigla em inglês), foi realizado na tarde de segunda-feira, 18.
Ao lado de líderes, representantes e parceiros nacionais e internacionais, os gestores puderam compartilhar as experiências exitosas do governo do Estado do Acre na implementação de projetos em REDD+ Jurisdicional, que vêm sendo desenvolvidos ao longo de 12 anos.
O governador Gladson Cameli reforçou a importância da participação efetiva dos povos indígenas e comunidades tradicionais na tomada de decisões e na implementação das políticas públicas voltadas para a manutenção da floresta, redução do desmatamento e desenvolvimento socioeconômico com foco na melhoria da qualidade de vida daqueles que cuidam e conservam as florestas.
“O diálogo contínuo e a colaboração com os povos indígenas têm sido fundamentais para o sucesso das políticas públicas e projetos ambientais no Acre”, disse Cameli.
Em sua fala, o presidente do IMC, Leonardo Carvalho, apresentou o pioneirismo no Acre e mostrou como se dá a participação dos povos indígenas e das comunidades tradicionais como beneficiários na repartição de benefícios, por meio do Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais (Sisa).
Francisca Arara, titular da Sepi, destacou o compromisso e esforços do governo para o pleno funcionamento do sistema de governança, por meio das Câmaras Temáticas Indígenas e da Mulher (CTI e CTM) e da Comissão Estadual de Validação e Acompanhamento (Ceva) do Sisa.
A gestora reforçou a urgente necessidade do aporte financeiro por parte dos fundos climáticos e defendeu a repartição equitativa e justa de benefícios para os povos indígenas e comunidades tradicionais.
O debate foi oportuno para construção participativa e validação de planos de repartição de benefícios; amplo debate sobre a participação efetiva dos povos indígenas e comunidades tradicionais e oportunidades para se firmar parcerias, a partir da captação de recursos.