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EVANDRO CORDEIRO

A cruzada do novo ‘cavaleiro da esperança’ Aldo Rebelo contra o tacão da esquerda e das ONGs é um fio de esperança para os amazonidas

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Por Evandro Cordeiro

Eu assisti parte, apenas um fragmento da palestra do ex-ministro da Defesa e ex-deputado federal Aldo Rebelo e disse a um amigo que por mais capacidade que eu pudesse ter pra sintetizar o que ouvi eu não conseguiria fazê-lo em 100 páginas A4, tanto conhecimento de um homem só sobre a biodiversidade e o potencial econômico da maior floresta do mundo e o seu covarde contraste entre suas riquezas e uma penca de ‘inquilinos’ miseráveis, num paralelo traçado por ele com a desenvoltura de quem defende uma tese de doutorado. Pudera. Rebelo não conhece a Amazônia brasileira de ouvir falar. Apesar de ser nascido em Viçosa, Alagoas, dedicou-se aos estudos e se envolveu cedo com os movimentos sociais, a começar pelo estudantil, e isso lhe abriu portas para andar no Brasil. Ainda muito jovem, em 1979, ele fez a primeira viagem para cá e dentro do avião vinha bebendo numa fonte inesgotável, o livro Formação Histórica do Acre, de autoria de Leandro Tocantins, produzida em 1961, para citar apenas um. Se não bastassem suas viagens e a sede pelos livros, o destino o ligou muito cedo ao Norte. Seu pai, José Figueiredo Lima, morto muito jovem, por volta dos 27 anos, provavelmente por complicações da malária, é vítima daqui, como foram outros 25% dos nordestinos arigos atraídos pela extração da borracha. Vaqueiro da fazenda de Teotônio Vilela, em Viçosa, Alagoas, seu pai optou por fazer uma aventura no Acre pelo início dos anos 1960, seduzido por uma campanha do Governo Federal em busca de melhores condições de vida para criar os nove filhos, com Aldo sendo o mais velho. A aventura foi curta e custou-lhe a vida. “Uma tia minha contava que papai retornou esquelético”, conta Aldo. De 1979 até aqui são incontáveis viagens ao Acre e a todo o Norte, adquirindo conhecimento sobre aqui e sobretudo dos seus habitantes. É esse Aldo, que exerceu a direção das Forças Armadas enquanto ministro da Defesa no Governo Dilma, tirando proveito de informações privilegiadas que surge convincente, tirando escamas dos olhos de muitos em relação a política fratricidia praticada pelo Brasil contra os irmãos da Amazônia. Esse ‘cavaleiro da esperança’, que assim chamo para traçar um paralelo com a Coluna Prestes e sua formação no Partido Comunista, é a voz importante que enriquece uma cruzada anti-ONGs e questionadora de interesses políticos escusos por trás desse tapete verde cobiçado internacionalmente. Aldo se soma, na verdade, a outros entusiastas, entre os quais cito o senador Márcio Bittar (UB), assegurando aos povos nativos uma luz no fim do túnel, pelo menos. A cruzada de Aldo e Cia acontece se distanciando de extremos. É tipo, nem às motoserras, muito menos ao radicalismo do atual Governo Lula, cuja ministra do Meio Ambiente, nascida numa colocação do seringal Bagaço, no Acre, é acusada por meio Brasil de jogar a favor de interesses progressistas internacionais, mormente para as ONGs. Rebelo, seus parceiros e seguidores defendem uma legislação equilibrada, onde uma senhora de 60 anos que tem um pedaço de terra avaliado em R$ 30 mil, dentro de uma reserva, não leve uma multa de R$ 60 mil dos órgãos governamentais, cujas siglas viraram terror na cabeça do pequeno e médio produtor e dos de subsistência. A história dessa multa, ele contou com riqueza de detalhes e emocionou a plateia. Na mesma esteira, as estradas e as tão sonhadas ferrovias precisam sair do papel, deixarem de ser consideradas apenas histórias prosaicas nas rodas de conversas dos caboclos daqui. Já são mais de cem anos de miséria para quem escolheu a Amazônia para viver ou quem nasceu por aqui. O ex-ministro diz em sua palestra que o Brasil tem mil quilômetros a mais que os 28 mil de ferrovias construídas no século XVIII. Aldo teve acesso a documentos de Euclides da Cunha que, após explorar o Acre, pelos idos de 1904, 1905, sugestionou a passagem de uma ferrovia interoceanica por aqui, serpenteando a selva pelo Juruá, seguindo o traçado da BR-364, passando por Cruzeiro do Sul, depois Pucalpa e, finalmente, o porto mais próximo no Oceano Pacífico, Chancay, um percurso de riqueza e renda para os habitantes de suas marginais. Euclides, aquele mesmo, autor de “Os sertões”, disse que essa região é a parte baixa das cordilheiras, que torna a contrução menos dispendiosa, cobiçada pelos países asiáticos, chamada pelo próprio Aldo de ‘nova rota da ceda’, uma vez que a China é um dos principais interessados. Até a materialização desse sonho amazônico, todavia, muitos obstáculos precisam ser superados, admite esse homem de conhecimentos tão surpreendentes, cuja expressão física é marcada por um bigode à cantinflas e o inseparável chapéu de panamá, um professor do Brasil, muito bom de ser ouvido. O senador Márcio Bittar deu a senha para furar a bolha e superar o atraso, ao ser convidado para fechar a palestra de Rebelo: mudar o Governo em 2026 para, no ano seguinte, recomeçar e obrigar o Brasil a fazer seu ajuste de contas com os povos da região, mortos à míngua em detrimento de interesses internacionais sustentados pela esquerda brasileira, que governa o País desde a abertura política, em meados da década de 1980.

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