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POLÍTICA

Acreana Marina vai contra o presidente Lula e defende limite para produção de petróleo

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A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, afirmou que o país deve considerar estabelecer um limite para a produção e exploração de petróleo. A posição é claramente contrária os planos do presidente Lula de se tornar um dos maiores produtores de petróleo bruto até 2029.

“Um dos temas que terá que ser enfrentado é a questão dos limites, um teto para a exploração de petróleo. É um debate que não é fácil, mas que os países produtores de petróleo terão que enfrentar“, disse Marina Silva ao Financial Times.

O jornal britânico destaca que as declarações da ministra refletem uma tensão nos esforços do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em conciliar os dois lados do debate sobre o clima – destacando as credenciais ambientais do Brasil na proteção da Amazônia, ao mesmo tempo em que apoia a perfuração de petróleo pelos benefícios econômicos.

Vale lembrar que a Petrobras, cujo Planejamento Estratégico passou pelas mãos do próprio presidente, prevê uma ampliação da produção dos atuais 2,7 milhões de barris em 2022 para 3,2 milhões de barris de óleo equivalente ao dia em 2028, crescimento de mais de 18%.

Além disso, quando do convite da Opep+ (Organização dos Países Produtores de Petróleo e aliado) para que o Brasil tivesse assento nas discussões do grupo como observador, o presidente da Petrobras foi rápido em explicar que o país não iria aderir às cotas de produção do cartel, em uma indicação clara de que a estatal não pretende reduzir a exploração.

Apesar disso, a ministra insiste na necessidade de limitar a produção. “O Brasil é um produtor de petróleo. Esse é um debate que terá que ser feito, mesmo no contexto das guerras. Estamos comprometidos com a meta de triplicar as energias renováveis. Mas tudo isso não pode ser feito se não discutirmos a questão dos limites para a exploração“, afirmou Marina, à publicação inglesa.

O Financial Times fala ainda da desconfiança da comunidade internacional com a postura dúbia do governo Lula no que diz respeito à transição energética. “O foco de Brasília em combustíveis fósseis tem provocado ceticismo internacionalmente, especialmente porque Lula frequentemente pede às nações ocidentais que assumam um maior ônus financeiro para proteger a Floresta Amazônica e o meio ambiente global”, lembra o periódico. [O Antagonista]

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