COLUNA DO EVANDRO Caso se reeleja, Bocalom não coloca apenas o próprio nome como ameaça a Alan e Mailza, mas também o de Bittar

Escrevi ontem que o senador Alan Rick (UB) nadou de braçadas até pouco tempo como o nome mais forte para 2026, com Gladson Cameli (PP) não podendo mais disputar. Não citei a vice-governadora Mailza Assis (PP), mas me redimo hoje. Ela certamente chegará competitiva naquele ano, uma vez que assumirá o Governo por pelo menos oito meses. No momento o nome dela ainda não compete com o de Alan, por uma razão elementar: ela anda calada, muito mais interessada nas agendas oficiais. Essa tranquilidade do Alan e da própria Mailza poderá ter fim por meio de uma possível reeleição do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL). Entusiasmado com o abraço de Bolsonaro à sua candidatura, o velho garoto caminha competitivo como nunca. Caso se reeleja, naturalmente seu nome será elevado de forma exponencial para a disputa de 2026. Vira opção para o Senado e até mesmo para o Governo. Mais que isso: reeleito, coloca no ringue outro nome, o do senador Márcio Bittar (UB), seu padrinho recente, até dias desses lembrado nas rodas de política como morto politicamente. Bittar é o responsável por agasalhar Bocalom no PL e usar seu prestígio para trazer Bolsonaro ao Acre. Fora qualquer nome da esquerda, em 2026, portanto, Alan e Mailza terão esses dois ‘correligionarios’ para encarar no ambiente da direita. O governador Gladson é imprevisível. Ninguém sabe ainda sequer como ele se colocará na eleição desse ano, imagine em 2026. Só se sabe que dificilmente Cameli não se elegerá senador. Por essa razão, quando o assunto é o Governo, Alan, Mailza, Bocalom e Márcio se entendam, conversem. De preferência antes do pleito deste ano. Espatifados, colocam em risco o futuro, porque se a esquerda conquistar a prefeitura da capital, esse resultado lhe colocaria no pareo daqui dois anos. Isso não é impossível em se tratando de política. Marcus Alexandre, Jorge Viana e Jenilson Leite esperam só um cochilo da direita.

Se reelege
“O Camilo tava nadando de braçadas, até o Nelsinho inventar um candidato. Mesmo assim o Camilo se reelege bem”. De um dirigente do PP, partido do prefeito Camilo da Silva, de Plácido de Castro.

Quanto mais, melhor
A prefeita do Quinari, Rosana Gomes (PP), está torcendo para que apareçam muitos candidatos a prefeito. Seria uma garantia a sua reeleição.

Vice do Padeiro
Estão bem adiantados os acertos no Bujari, para que alguém do PP seja vice do atual prefeito, João Padeiro (PDT). A vereadora Rocha, irmã da secretária de Ação Social do Estado, Zilmar Rocha, é cotada. O nome do marido de Zilmar, Jean Almeida, também está no pareo.

Gonzaga e Nicolau

Não tem como discutir 2026 sem antes conversar com os deputados estaduais Luiz Gonzaga, presidente da Aleac, e o primeiro-secretário, Nicolau Júnior (PP). Juntos, mais o prefeito Zequinha Lima (PP), caso se reeleja, serão fundamentais nas disputas para o Governo e Senado. Vão estar à frente desse jogo.

Líder no Alto Acre
Em 2026 a prefeita de Brasiléia, Fernanda Hassem (PP), terá opção de disputar as eleições do Senado para baixo. Todavia, o nome dela poderá ser, também, uma excelente opção para vice-governadora.

Sonho do Mazinho
Os chineses estão se adiantando com um projeto que objetiva construir uma ferrovia cruzando todo o Brasil do Rio de Janeiro a Cruzeiro do Sul, para chegar ao Pacífico por Pucalpa. Esse é o sonho antigo do prefeito Mazinho Serafim (Podemos), de Sena Madureira.

Emboloou
Com Vando Torquato liberado para disputar as eleições, o tabuleiro em Tarauacá não é o mesmo da semana passada. Sobretudo porque Vando quer porque quer, disputar pelo PP, onde há está filiado o médico Rodrigo Damasceno.

Folgado
O Delegado Railson (Republicano), líder das pesquisas em Feijó, está folgado com tantas candidaturas postas contra as quais deve concorrer. Pela ordem, vereadora Terezinha Moreira (PL), Francimar Fernandes (PT), ex-deputado Cadmiel Bomfim, que poderá se filiar no PP, mais o candidato do prefeito Kiefer Cavalcante (PP), ainda indefinido.