EVANDRO CORDEIRO
COLUNA DO EVANDRO| O dinheiro pouco liberado por Lula não é nada ante a falta de solidariedade de líderes da esquerda acreana
O dinheiro liberado por Lula para o Governo Cameli enfrentar o destroço deixado pela cheia do rio Acre e seus afluentes é pouco, apenas R$ 1,4 mi. Esse valor não é suficiente para pagar a alimentação e o combustível consumidos desde a última sexta-feira, quando as águas arrocharam. Agora pior que esses parcos caraminguás é a ausência de lideranças da esquerda para ajudar. Gente que molhava as calças antigamente desapareceu, simplesmente. Até mesmo aquele que sonha um dia voltar a ser governador do Estado, o Jorge Viana, não fez nem fotos por aqui, aliás nem aqui está, ao menos que eu saiba. Parecem todos meio rancorosos. A Marina veio, mas ficou por tão pouco tempo que deve ter voltado sem levar a ferrada de um pium. Não foi nem no bairro dela, o Cidade Nova, ou pelo menos onde seu pai morou por muitos anos. Não é hora de apontar dedos, eu sei, mas algumas ausências são demais para não serem notadas. A menos que esse povo esteja fazendo suas caridades bem escondidos, longe dos holofotes, o que é até mais louvável.
Reflexão pós-cheia
Sempre que os rios alagam no Acre, depois do deus-nos-acuda, a turma lembra de projetos estruturantes que poderiam evitar parte da catástrofe. O problema é que tudo depende do Governo Federal. Se não andou na gestão Bolsonaro, agora com Lula, cheio de rancor, é que não deve andar.
Projetos morfando
Tem dois projetos do senador Márcio Bittar (UB) cuja papelada já começa a morfar, que a revitalização do São Francisco e o desvio do rio Acre. Segundo me disse ele por telefone agora há pouco, ambos os projetos são uma oportunidade para Marina Silva devolver ao Acre tudo o que esse Estado lhe deu. “É só ela andar com esses projetos”, provoca o parlamentar.
Injustas
Parte das redes sociais derramou críticas sobre o prefeito Tião Bocalom (PP) por ele não está em Rio Branco na sexta-feira, quando as águas inundaram parte de Rio Branco. Críticas injustas. Ele não prevê o futuro. Além do mais estava em Manaus para encontrar seu amigo pessoal, Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente da República, a quem faria uma série de pedidos em favor da capital do Acre.
Tem que mostrar
Adversários da prefeita Fernanda Hassem (sem partido) se aproveitaram da cheia em Brasileia para criticar o irmão dela, Tadeu Hassem (Republicano), deputado estadual, por dua ausência durante a chegada das águas no município. Depois tiveram que engolir o parlamentar levando socorro pra uma porção de famílias. É que o Tadeu é discreto. Não gosta de holofotes. E isso é um erro. Ele precisa aprender que na política tem que mostrar as fotos.
Liderança regional
O deputado Tadeu Hassem, a rigor, procurou o prefeito de Epitaciolândia, Sérgio Lopes (PSDB), para oferecer apoio. O gesto político está sendo elogiado e é fruto de alguém que surge como liderança na região.
Na pele do Cordeiro
O coronel Bombeiros Cláudio Falcão, chefe da Defesa Civil município, e o engenheiro urbanista Roberto Feres são os convidados do “Na pele do Cordeiro” desta segunda-feira, 27. Vão falar, claro, sobre as enchentes. Um faz trabalho preventivo, o outro ataca o problema depois. O programa começa às 16h30 pelos canais do AcreNews no YouTube, Facebook e Instagram.
Fio de esperança
Quando não tem dinheiro pra resolver a situação o governador Gladson Cameli (PP) se vira bem com sua presença. Por onde passa, em meio ao caos, deixa um fio de esperança com seu estilo.
Dondocas na água
Influencers digitais do Acre, que a gente sempre imagina serem dondocas e ‘numitoques’, caíram n’agua nessa cheia do Rio Acre. Parabéns pra elas.