POLÍCIA
Corpos de casal assassinado foram retirados da primeira cova pelos executores, diz delegado
Foto: Reprodução
Os corpos do casal de namorados Lidinalva de Melo Viana, de 13 anos, e José Daniel do Nascimento, de 19, mortos em setembro do ano passado, foram retirados da primeira cova, onde foram enterrados logo depois do crime. O casal foi assassinado por conta da guerra de facções criminosas. “O Daniel fazia parte de uma facção e resolveu mudar para outra e, por isso, teve a sentença de morte decretada”, disse o delegado Marcus Cabral.
“Inicialmente, eles foram enterrados em uma única cova, um sobre o outro, mas como na época os policiais da DHPP estavam próximos ao local, os criminosos retiraram os cadáveres e sepultaram em uma área de mata fechada na mesma região”, declarou Cabral.
Lidinalva era irmã adotiva da adolescente Raquel de Melo, de 13 anos, assassinada em janeiro deste ano, após ser rendida por criminosos quando saia de uma igreja. O corpo de Raquel foi sepultado na mesma região, mas o cadáver foi encontrado dois dias depois. Pela morte de Raquel, sete envolvidos no crime estão presos.
A revelação que o casal de namorados foi obrigado a cavar a própria cova e que, segundo a polícia, foram enterrados um sobre o outro foi feita nesta quarta-feira, 8, após investigadores da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil encontrarem as ossadas das vítimas numa área de mata no Ramal do Pica Pau.
Outro fato que chamou atenção da investigação foi que os familiares do casal não procuraram a polícia para registrar o desaparecimento ou reclamar os corpos, com medo de represálias da facção. “Nenhum familiar procurou a polícia para fazer o boletim de ocorrência ou para reclamar o cadáver, temendo a facção que atua na região”, revelou o delegado Marcus Cabral.
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