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Manoel Moraes defende Bené do Cavaco após operação policial: ‘Empresário idôneo’
O deputado estadual Manoel Moraes (PP) manifestou sua solidariedade ao empresário e músico Benedito Pinheiro Cunha, mais conhecido como Bené do Cavaco, após uma operação policial em seu estabelecimento na quinta-feira, 8 de agosto. Moraes, que conhece Bené há quase 40 anos, descreveu-o como um empresário idôneo e dedicado, que trabalha ao lado de sua esposa e colaboradores por mais de 15 horas diárias. Segundo o deputado, Bené afirmou que a dívida fiscal que motivou a operação está sendo discutida judicialmente na Vara da Fazenda Pública.
O parlamentar expressou preocupação com o uso de ações policiais para a cobrança de supostos débitos tributários, alertando para o risco de criminalização da atividade econômica, especialmente em um estado pobre como o Acre e em um momento de crise econômica nacional. “Peço bom senso nesse momento das autoridades envolvidas”, declarou Moraes.
A Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Fazendários (Defaz), responsável pela operação, informou que a ação foi parte de uma investigação minuciosa que visa combater crimes de lavagem de dinheiro ligados à sonegação fiscal.
Segundo a polícia civil, a investigação revelou a existência de uma associação criminosa supostamente liderada por Bené, que teria sonegado mais de R$ 21 milhões em tributos estaduais, principalmente o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). De acordo com o delegado Igor Brito, Bené utilizava um esquema sofisticado em que atuava como “sócio oculto” em diversas empresas criadas irregularmente para fraudar o fisco, registrando-as em nome de terceiros, conhecidos como “laranjas”, que não possuíam capacidade econômica para justificar sua participação societária.
A operação contou com o apoio do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA), incluindo o Ministério Público Estadual (MPE), a Secretaria da Fazenda (SEFAZ), a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e a Polícia Civil do Acre (PCAC).