CULTURA & ENTRETENIMENTO
Do Acre para o Rio de Janeiro: Acreana é a grande atração do Festival Arte dos Povos
Evento acontece do dia 3 ao dia 6 de novembro e reúne temas ligados à arte, cultura e meio ambiente
A cantora e compositora acreana Zenaide Parteira, mestra de saberes tradicionais, natural do município de Tarauacá, apresenta o show Mulher Vagalume no Festival Arte dos Povos, que acontecerá no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro do dia 3 ao dia 6 de novembro. Sua obra é um retrato das lutas sociais e uma exaltação aos saberes da floresta amazônica.
O show será uma divulgação do álbum recém lançado Mulher Vagalume (ouça: https://spoti.fi/3fWWmry), e composições inéditas. Tudo envolvido por levadas musicais ainda desconhecidas mundo afora. É o caso dos baques de samba e marcha, ritmos legitimamente acreanos. Trazem em seus enredos histórias da vida da mestra, da luta das mulheres por seus direitos e igualdade no campo, nas cidades e na floresta.
“Me sinto muito feliz, a rainha do Acre (risos). Já estive no Rio de Janeiro, mas ainda não conheço o MAM. Pra mim é uma grande alegria, me sinto honrada e também é uma honra poder representar a cultura acreana. Fico feliz, pois cada vez mais as portas vêm se abrindo para o reconhecimento e valorização do trabalho das culturas tradicionais e também das parteiras”, comenta Zenaide.
Descendente da cultura Kampa, povo Ashaninka, herdou de sua mãe o dom de ser parteira e com apenas 10 anos de idade, ajudou uma criança vir ao mundo. Já fez mais de 300 partos, registra os nascimentos em um caderno e para cada criança compõe uma canção.
Zenaide Parteira se apresenta acompanhada do violonista israelense Tom Orgad e do músico Alexandre Anselmo, natural de São Paulo. Além de arte educador, artista visual e produtor fonográfico, Anselmo desenvolve desde o ano de 2007 um importante trabalho de pesquisa sobre música dos povos indígenas e seringueiros acreanos, educação patrimonial, luthieria, produção e tecnologia musical em sua metodologia.
O Festival Arte dos Povos
Tem o propósito de celebrar expressões culturais de matriz indígena e africana com a arte, agregando em sua programação shows, oficinas, seminários, arte visuais e cinema. Apresenta-se como espaço de reflexão sobre a crise climática, relação do ser humano com a natureza e cultura dos povos e como alternativa de construção de um mundo melhor.
[Assessoria]