Ex-vereador prega o evangelho em seu laboratório de prótese dentária, mas não perdoa pastores nem políticos ‘inescrupulosos’

O ex-vereador Francisco Holanda, protético-laboratorista, técnico em planejamento e gestão pública, casado com Elizania Maia, pai de três filhos, é um polêmico político do Vale do Abunã. Tem a língua afiada para pregar o evangelho, mas não perdoa os políticos com essa mesma parte do corpo.

Holanda chegou ao Acre na década de 1980 e por aqui casou. Entrou na política, sendo eleito vereador em Plácido de Castro e presidente da Câmara. Passou pela gestão pública na condição de secretário municipal de Planejamento, Saúde e diretor de departamentos. Conhece administração pública com precisão. Atualmente tem seu laboratório em prótese dentária em Plácido de Castro, fronteira com a Bolívia. Presta seus serviços em algumas clínicas da região (Plácido e Acrelândia). Servo de Deus e batizado, escreve artigos e desenvolve estudos de aperfeiçoamento e conhecimento bíblico. Não perde a oportunidade para falar sobre Jesus aos que a ele procuram, seja no trabalho e contato com o público. Tem a Bíblia como sua regra de fé e norte principal na vida.

Nordestino do Rio Grande do Norte, em seus ensinamentos contribui para propagação do evangelho através da verdade e palavra que liberta (Bíblia). Acredita que o país, mesmo diante das adversidades e politização do momento, vem dando passos largos à libertação de seu povo, com o atual governo, no qual entende se não fosse suas ações a sociedade caminhava pra uma condição ideológica destruidora de valores, família e sociedade que há tempos se libertou do arregimentamento comunista comandado pelo PT e partidos de esquerda.

Holanda torce pra o governo do Estado dar certo. É crítico ferrenho aos adversários do governador Gladson Cameli e se dispõe a fazer algumas leituras de seus opositores. O atual vice-governador, Major Rocha (PSL), é, para Holanda, um invejoso. “Um exemplo de muito barulho e pouco conteúdo na política acreana”, considera. Ao senador Sérgio Petecão (PSD), o ex-vereador é taxativo, mesmo já tendi ajudado a elege-lo: “É uma figura esdrúxula e covarde, politicamente”.

Holanda deu um tempo fora da política, mas pretende voltar. “Se assim Deus permitir”, diz. Sonha governar Plácido de Castro e contribuir mais ainda pra o crescimento e fortalecimento de seu município. É tido como um habilidoso homem público e cristão humilde que professa sua fé no Deus vivo.

No campo religioso esboça duras críticas aos que tentam fazer da Igreja do Senhor um trampolim político e empresa familiocrática, como foi o caso recente do pastor Pedro Abreu, que, segundo ele, dividiu a Assembleia de Deus, “dado as suas ambições injustificáveis no comando da instituição”. Holanda defende que o evangelho seja pregado na essência, com amor ao próximo, compaixão e misericórdia, não como muitos fazem, por amor ao dinheiro – dízimos e ofertas. “Quem visa alma para o Reino não faz da igreja uma empresa particular comandada por si e familiares que há muito tempo não trabalham e vive às custas de salários pagos pela igreja”, diz. É categórico em afirmar que não devemos viver do evangelho e sim para o evangelho, pois as demais coisas necessárias Deus acrescentará.