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Governo Federal publica portaria que aprova novo zoneamento agrícola de risco climático para soja no Acre
Ministério da Agricultura e Pecuária publicou nesta semana a Portaria SPA/MAPA nº 111, que aprova o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para a cultura da soja no estado do Acre para o ano-safra 2024/2025. A medida visa orientar os produtores sobre os períodos e áreas mais adequadas para o cultivo da soja, minimizando os riscos associados às variações climáticas.
Assinada pelo Secretário de Política Agrícola, Neri Geller, a portaria estabelece que, a partir de 3 de junho de 2024, estarão em vigor as novas diretrizes de zoneamento, que foram desenvolvidas com base em um modelo de balanço hídrico específico para a cultura da soja. O modelo leva em consideração a exigência hídrica e térmica da planta, fases fenológicas, ciclo das cultivares e capacidade de armazenamento de água nos solos. Além disso, foram analisados dados de precipitação e evapotranspiração de séries históricas de pelo menos 15 anos.
A soja, uma das principais culturas agrícolas do Brasil, requer condições climáticas específicas para atingir o máximo rendimento. Segundo o anexo técnico da portaria, a água é essencial em todas as fases do desenvolvimento da soja, desde a germinação até o enchimento dos grãos. A distribuição adequada das chuvas ao longo do ciclo é fundamental para o sucesso da lavoura, especialmente nas regiões tropicais como o Acre. As mudanças são motivadas pela necessidade de atualização das informações climáticas e de manejo agrícola para garantir maior eficiência e segurança aos produtores rurais.
Um dos principais objetivos do ZARC é identificar as áreas e épocas de semeadura com menores riscos de perdas de produtividade devido a eventos climáticos adversos, como períodos de seca ou chuvas excessivas. A partir dessa análise, os produtores podem planejar suas atividades agrícolas de forma mais segura, contribuindo para a estabilidade da produção e a expansão das áreas cultiváveis.
Para garantir a prevenção e controle de doenças como a ferrugem asiática, a portaria também reforça a importância de respeitar o vazio sanitário e o calendário de plantio estabelecido pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária.
O ZARC da soja no Acre considera diferentes classes de solo aptas para o cultivo, divididas em seis categorias baseadas na capacidade de armazenamento de água. Solos com profundidade inferior a 50 cm ou excessivamente pedregosos não são indicados para a cultura.