SAÚDE
Justiça manda Unimed indenizar jornalista do Acre por tentativa de descartá-lo devido à idade
O jornalista e advogado Joaquim Castro, fiscal aposentado da Fazenda do Acre, foi indenizado pela Unimed por ordem da Justiça de São Paulo. Ele levou a empresa de plano de saúde às barras da Justiça depois de uma suposta tentativa de descarta-lo, em função da idade avançada. Aos 65 anos, chegando “na idade do Condor”, segundo ele, quando a saúde se fragiliza, a Unimed faria qualquer coisa para se livrar dele. E foi o que fizeram, segundo conta. Depois de atrasar sua mensalidade por dois meses, seu plano foi cancelado.
Joaquim Castro é um alagoano que recolheu o Acre para ser sua terra desde os anos 1970. Veio parar aqui depois de passar em concurso da Polícia Federal. Depois foi para a Receita e, por fim, terminou a carreira como fiscal da Fazenda estadual. Aqui casou e estudou ainda mais, se formando em Direito e jornalismo. Cedo aderiu a um plano de saúde da Unimed. “Eu pagava há quase 35 anos, mas na Pandemia atrasei duas mensalidades (que foram pagas posteriormente). Dentro da sua política de que criança dá lucro (pois tem saúde e vigor), enquanto velho dá prejuízo, pois na fase do “Condor” só vive doente, tentam a todo custo nos descartar.
A Justiça de São Paulo determinou que a mesma retomasse meu plano e ainda me pagasse R$ 10 mil por danos morais, por haver me descartado como lixo. Se você quiser publicar, te envio os dados da Comarca de Fernandópolis, SP, e da Ação. Será um serviço de utilidade pública, que você prestará a população, que vive sendo espoliada, usada e descartada como lixo, por operadoras de Planos de Saúde. Interessante é que há algum tempo atrás, um cidadão aí de Rio Branco, atrasou seis mensalidades de um plano de criança e a Unimed chamou a pessoa, renegociou, seguindo tudo normal. Outro atrasou oito meses e após interferência política, retornou tudo à normalidade. Não vou citar os nomes dos protagonistas por motivos óbvios”, disse ao AcreNews.
Joaquim Castro não só teve o direito de retomar seu plano de saúde como a Unimed teve que pagar a indenização em decorrência dos transtornos. O valor, segundo ele, é simbólico, mas vale como alerta para a empresa. “Aproveite seu jornal aí e alerte a população para reivindicar direitos na Justiça e se precisarem, forneço telefone e endereço da advogada. O caminho tá aberto para diminuir os desmandos e arbitrariedades do Sistema Unimed”, concluiu.
O OUTRO LADO
A empresa Unimed, que administra planos de saúde no Acre, tem o mesmo espaço caso queira se manifestar. A nossa reportagem tentou contato com a gerência na manhã desta segunda-feira, 6, mas as duas tentativas foram frustradas.
You must be logged in to post a comment Login