Política & Economia
“Marina Silva não nos pertence”, escreve em sua coluna desta quarta-feira, 28, o artículista Valterlucio Bessa Campelo
Marina Silva, que é uma persona política e só por isso está onde está, não suportou o confronto com senadores que a convidaram para uma reunião e se mandou no meio da discussão alegando um machismo fantasioso. No fundo, arrumou uma desculpazinha quando se viu em palpos de aranha, com a obrigação de explicar seus cadeados na Amazônia. No uso trivial da palavra, arregou.
A deputada paulista parece que não entendeu ainda que sua posição como ministra pode ser sim, questionada, confrontada e até atacada em vista do papel que exerce, dos métodos e dos resultados de sua pasta. A condição de mulher não a isenta de responder aos senadores interessados em saber os motivos do travamento dos investimentos na região. Seu mimimi não afasta a realidade dos fatos.
Se a sua performance na reunião foi fraca como caldo de piaba, pior ainda foram suas declarações post facto. Em primeiro lugar, porque se atribui um papel meramente técnico que não corresponde à realidade. Não existe ministro técnico, todos são políticos e estão ali para mover um projeto político, a técnica nunca é neutra e, quando confrontada com a decisão política, se molda, fica mais cara, mais difícil, mas, mesmo assim, se submete. Se ela insiste nessa baboseira, peça para sair e cate outro serviço.
Em segundo, os vários temas pertinentes ao desenvolvimento da região, quando filtrados pelo “olhar técnico” rigoroso se tornam inviáveis à medida que produzem alteração em prejuízo da biodiversidade. Não há no campo biológico, intervenção com zero impacto, a técnica entra para mitigá-los e, numa análise de custo-benefício, viabilizar o desenvolvimento.
Os mais de 20 milhões de residentes na Amazônia não podem aceitar que a Marina Silva e seu mau humor decidam o futuro da região, escudada numa tecnicalidade de freguesia que no debate franco dá lugar ao vitimismo de pronto socorrido pela imprensa amiga.
Sabe-se há tempos que a Marina Silva atua fortemente como etiqueta a serviço dos interesses internacionais. É ao Fórum Econômico Mundial e sua agenda progressista que ela presta contas. Desde que se tornou conhecida internacionalmente, a nossa Chico Mendes de saias abandonou o pensamento nacional e foi se juntar aos globalistas financiados com grana alta contada em euros, então, quando é exposta por senadores que não estão nem aí para a Casa de Windsor e é obrigada a explicar o NÃO PODE reiterado de seu ministério, ela surta, grita, dá de dedo na cara de qualquer um, quer falar sozinha e não admite contestação. Como último recurso, puxa do coldre a arma feminista e se manda.
Entendamos de uma vez por todas que Marina Silva não nos pertence, ela foi adquirida pela internacional ambiental que não dá a mínima para a pobreza da população amazônida que só cresce. Enquanto isso, seu compadrio ongueiro enche os bolsos com o dinheiro farto que escorre do seu ministério, que ninguém é de ferro.
Valterlucio Bessa Campelo escreve às segundas-feiras no site AC24HORAS, terças, quintas e sábados no DIÁRIO DO ACRE, quartas, sextas e domingos no ACRENEWS e, eventualmente, no site Liberais e Conservadores do jornalista e escritor PERCIVAL PUGGINA, no VOZ DA AMAZÔNIA e em outros sites.